“Acho que o melhor para o torneio, para os outros jogadores e para mim é que me retire para que todos se concentrem no tênis”, afirmou a número 2 do mundo, em comunicado nas redes sociais. Desde a semana passada ela vinha falando que evitaria participar das entrevistas para “poupar sua saúde mental”.
Os organizadores de Roland Garros não gostaram ou não entenderam as explicações da japonesa e optaram por multa após a estreia, bronca e ameaça de punição mais grave. Osaka fez um longo desabafo, no qual explicou que não era ego ou desrespeito com as normas do Grand Slam, mas um motivo de saúde.
“Quem me conhece sabe que sou introvertida e que nos torneios sempre vou com os fones (ouvindo música), porque sofro de ansiedade social. Sinto grandes ondas de ansiedade antes de falar com a mídia e fico muito nervosa e estressada ao tentar responder a perguntas na coletiva de imprensa”, alegou.
Ela explicou que sofre com a depressão já faz um longo tempo. “Eu nunca banalizaria saúde mental. A verdade é que eu tenho sofrido longos ‘surtos’ de depressão desde o US Open 2018”, justificou a tenista.
Com sua atitude, Osaka espera de alguma forma ajudar outros tenistas que passam por problemas semelhantes no circuito. “Quando chegar a hora, quero muito trabalhar para discutirmos como podemos melhorar as coisas para os jogadores, a imprensa e os fãs”, enfatizou.
Em sua estreia no torneio de saibro francês, Osaka havia superado a romena Patricia Maria Tig por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 7/6 (7/4), e enfrentaria na segunda rodada em Paris outra romena, Ana Bogdan.
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