“O Privatômetro é um instrumento que funcionará como uma espécie de raio X das privatizações da Petrobras”, explicou a OSP em nota.
A ferramenta foi elaborada pelos economistas Eric Gil Dantas e Tiago da Silva Silveira, do Ibeps. O espaço foi criado para informar a população sobre os ativos da Petrobras que estão sendo privatizados, os valores que essas transações envolvem e as consequências dessas negociações para o País.
“O Privatômetro vai permitir à população visualizar, de forma clara e objetiva, como está se dando esse processo de privatização e os impactos econômicos que gera ao povo brasileiro, além de quais ativos já foram vendidos, quando e por qual valor, sendo atualizado pela inflação e transformado de dólar em real”, afirmou em nota o pesquisador do Ibeps.
Além do valor das vendas, o novo termômetro das vendas da estatal apresentará gráficos com a distribuição porcentual da venda de ativos por segmento e nacionalidade das empresas compradoras e uma planilha completa de desinvestimentos.
Dados do Privatômetro apontam que a concentração das empresas que compraram ativos da Petrobras está na América do Norte e Europa e a maior parte das unidades privatizadas refere-se ao segmento de Exploração e Produção (E&P).
“Mais de 41% das vendas foram de ativos da área de E&P, o que mostra grandes contradições no discurso da empresa de crescer como produtora de petróleo e gás, já que abre mão das suas próprias reservas”, argumentou o economista.
A Petrobras decidiu se concentrar nas reservas do pré-sal, abandonando campos que não considera lucrativos, além de vender refinarias, distribuidoras de gás e outros ativos que não fazem parte do core business da companhia.
Os dados disponibilizados no Privatômetro serão atualizados trimestralmente, na sequência da publicação dos resultados da estatal. Também serão divulgadas, periodicamente, pesquisas relacionadas aos ativos que estão em processo de privatização, informou a OSP.
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