O pedido de adiamento foi formulado durante sessão do plenário pelo senador Luiz do Carmo (MDB-GO), aliado do governo. Em resposta, Pacheco afirmou que, a partir de agora, não cabe a ele tomar decisões sobre o funcionamento da CPI e que esse tipo de pedido precisa ser submetido diretamente aos integrantes da comissão.
Pacheco só autorizou a instalação após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi pressionado pelo Planalto a barrar o funcionamento da comissão mesmo após a determinação judicial. “Quer dizer que CPI é mais soberana que o plenário? Não pode ser, presidente”, afirmou o senador governista, após a negativa do presidente do Senado. “Uma vez instalada, ela tem sua própria existência, autonomia e não cabe interferência do presidente do Senado”, respondeu Pacheco.
O presidente do Senado foi alvo de ataques do governo, nesta terça-feira, 27, durante a instalação da CPI, mesmo após ter sido apoiado pelo Planalto para ser eleito no comando do Congresso. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Pacheco assumiu a responsabilidade pela morte de senadores e assessores ao dar aval para o funcionamento da investigação no meio da pandemia do novo coronavírus e do risco de contaminação.
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