Na quarta-feira, a juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo determinou que o município recorresse à rede particular, caso não houvesse leito disponível no sistema público, fixando pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento. Ela reconheceu o risco de morte dos pacientes.
O Polo Covid recebe pacientes para acompanhamento médico e que, dependendo da evolução da doença, podem precisar de transferência para hospitais com suporte avançado. A vítima da covid-19, Orson Belfort Viana da Silva, estava na unidade desde segunda-feira, 31. No dia seguinte, ele precisou de oxigênio, pois estava com a saturação muito baixa. Na quinta-feira, 3, com o estado se agravando, ele foi intubado. Horas depois, Orson sofreu uma parada cardíaca e não resistiu. O paciente, que era obeso, deixou seis filhos e três netos.
A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto informou que a transferência de pacientes depende da decisão dos médicos e da disponibilidade de leitos nos hospitais. Conforme a pasta, na manhã desta sexta, 22 pacientes estavam internados em UPAs (unidades de pronto atendimento), aguardando vagas para transferência a hospitais com suporte mais avançado.
No dia anterior, o número era de 26. Dos 324 leitos de UTI para covid-19 na cidade, 304 estavam ocupados (93,8%), com 232 em respiradores. Nas enfermarias, dos 384 leitos, 309 tinham pacientes (80,5%), oito em respiradores.
A prefeitura informou que, independentemente da decisão da Justiça, que será analisada pelo seu corpo jurídico, estão sendo feitos esforços, em conjunto com a Secretaria da Saúde do Estado, para zerar a fila de espera por vagas em hospitais. Boletim epidemiológico divulgado nesta sexta acrescentou mais 17 mortes na conta da covid-19 na cidade. Agora, são 2.226 óbitos desde o início da pandemia. A cidade confirmou mais 454 casos positivos, totalizando 39.314.
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