Nesta quarta-feira (14), Palmas celebra 142 anos de sua emancipação político-administrativa. Neste ano, por conta da pandemia, o Município não realizará a tradicional Feira Estadual de Bezerros e nenhum outro evento alusivo à data.
Para não deixar passar em branco, a Prefeitura de Palmas divulgou em suas redes sociais um vídeo comemorativo, narrado pelo atual prefeito, Kosmos Panayotis Nicolaou.
Ao Diário do Sudoeste, Kosmos disse ser muito feliz em poder fazer parte da história do município e parabenizou a todos os palmenses.
“Hoje, 14 de abril, data em que Palmas comemora 142 anos, deixo minha homenagem a este povo, que carrega história e tradição, que desde a sua mais tenra idade acolhe a diversidade. Mais uma vez, desejo reiterar meu compromisso com esta terra que amo e que escolhi para viver. Que o senhor Bom Jesus abençoe nossos campos e nosso povo, para que juntos possamos torná-la um local em que todos possam viver dignamente”.
Conheça Palmas
O município, com pouco mais de 50 mil habitantes, é reconhecido no Estado por suas maçãs de qualidade — a produção em grande escala lhe confere o título de Capital da Maçã. Palmas também se destaca na produção de batatas e na bacia leiteira.
Além disso, conforme a prefeitura, o município tem a melhor semente de soja do Paraná; é destaque nacional na produção de papel miolo; polo gastronômico reconhecido regionalmente; importante parque fabril brasileiro de silvicultura; maior produtor de madeira compensada do Brasil; e o primeiro município do Sul a ter a instalação de uma usina eólica.
História
A história de Palmas está ligada diretamente à formação do Sudoeste do Paraná. Os primeiros registros da região, da descoberta dos chamados Campos de Palmas, datam da década de 1720, por obra do bandeirante curitibano Zacarias Dias Côrtes. A emancipação política do Município, desmembrado de Guarapuava, ocorreu em 14 de abril de 1879.
A denominação “Campos de Palmas” é atribuída ao major Atanagildo Pinto Martins, que comandou uma expedição organizada pela Real Expedição de Conquista dos Campos de Guarapuava, de 1814 a 1819. O grupo teve por guia o Cacique Yongong, que conhecia bem a região denominada por eles de Campos de “Bituruna” ou “Ibituruna” – “Terra Alta ou Terra das Palmeiras”, na tradução do idioma indígena.
A chegada dos pioneiros, que se estabeleceram na região onde está Palmas, ocorreu de 1836 a 1839. Nesta época foram organizadas duas expedições guarapuavanas, cuja meta era conquistar a região, habitada por indígenas. José Ferreira dos Santos e Pedro Siqueira Côrtes lideraram os grupos formados por 27 e 17 estancieros, respectivamente.
Originalmente povoada por populações indígenas, Palmas possui uma história rica de religiosidade e também de lutas dos desbravadores por suas terras. A população atual é marcada pela miscigenação, com influência étnica de indígenas, negros, portugueses, alemães, italianos e japoneses.