Foi ainda no final de outubro de 2020, que a população de Pato Branco deixou de ver uma das obras características do município, os pavilhões do Parque de Exposições, que carinhosamente eram chamados de baleiões.
Ainda em novembro do ano passado foi dada a ordem de serviço e a empresa vencedora da licitação, iniciou a obra em 8 de dezembro.
Sete meses do início das obras e com mais da metade do tempo de execução estabelecido em contrato, — 360 dias —, a parte de fundação foi executada e passaram a ser erguidos os pilares e a alvenaria.
O secretário de Engenharia e Obras, Vladimir José Ferreira pontua que “a obra está um pouco atrasada, mas está em andamento”. De acordo com o secretário, o atraso da obra tem ligação direta com a pandemia, que resultou em alguns momentos de 2020, no desabastecimento de materiais de construção e ainda na elevação dos preços.
Ferreira relata que a elevação dos preços dos materiais deve implicar em outra situação, a elevação dos custos das obras, no que também se enquadra o novo Centro de Eventos. “Os materiais e todos os insumos de construção civil, aumentaram de mais, principalmente toda a parte de ferro e estrutura metálica. Então, em todas as obras, o pessoal [empresas], estão pedindo um reequilíbrio financeiro, mas esta obra [novo Centro de Eventos] ela está continuando, em um ritmo um pouco mais lento, mas esperamos que o mais rápido possível ela retome ao normal.”
Até o momento segundo o secretário, a empresa vencedora da licitação da obra por R$ 11.836.586,16, não repassou o valor do chamado “reequilíbrio financeiro”, mesmo que a obra venha ganhando corpo, a expectativa inicial é de que o prazo inicial de 360 dias seja insuficiente para a conclusão do trabalho, estimado preliminarmente para o início de dezembro de 2021. “Como tem esse pedido de reequilíbrio, ela [obra] pode atrasar. Com certeza vai atrasar um pouco, mas esperamos que não seja muito”, pontua o secretário.
Mais intervenções
Ferreira recorda que a antiga estrutura vinha apresentando uma série de problemas hidráulicos e elétricos, o que resultava também em uma série de reclamações que iam desde tamanho, a instalações que não mais ofereciam o conforto mínimo necessário.
A obra que promete colocar Pato Branco novamente como referência em espaços para a realização de eventos, uma vez que com 8.136 metros quadrados, contempla duas recepções, bilheterias, foyer, banheiros, salas administrativas, salas de multiuso, cozinhas e bares. Terá a capacidade máxima de aproximadamente 10 mil pessoas e poderá receber dois eventos simultâneos.
Ferreira afirma que não foram feitos ajustes no projeto inicial, porém, o que ele acredita é que seja realizado ao final da obra, um estudo para externa.
“Com certeza vai atrasar um pouco, mas esperamos que não seja muito”, Vladimir José Ferreira, secretário de Engenharia e Obras.
Terminal urbano
Assim como a obra do parque teve contratempos por conta da pandemia, a obra do Terminal Urbano de Pato Branco também teve alguns atrasos em 2020.
Contudo, já este ano segundo o secretário, “esta obra teve o ritmo um pouco prejudicado, porque é a mesma empresa que está fazendo a escola no Planalto”, disse ele completando, “como prefeito colocou como prioridade a escola do Planalto para finalizar, o pessoal [empresa] acabou deixando pouca gente aqui [terminal], por isso que ela reduziu o prazo [andamento da obra].”
Ainda segundo o secretário, a empresa já repôs a equipe de trabalho na área central, o que leva Ferreira a acredita que “até outubro ela esteja totalmente finalizada.”
Enquanto a obra segue, na semana passada Ferreira e uma equipe da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação esteve no local para avaliar a parte de automatização do terminal.
Outro encaminhamento que vem sendo dado é pela equipe de planejamento do transporte coletivo e do Departamento Municipal de Trânsito (Depatran), que estão segundo o secretário, fazendo os estudos para a incorporação do terminal na malha do transporte coletivo de passageiros de Pato Branco.