Segundo ele, o movimento reflete a base de comparação fraco, gargalos na cadeia produtiva, excesso de demanda por trabalhadores e estímulos fiscais.
Waller projeta que a inflação ficará acima de 2% este ano e no próximo, devido a todos esses fatores. Contudo, ele entende que esses fenômenos vão arrefecer e voltar a enfraquecer os preços. “Embora eu espere que todos essas preços se afrouxem e que o aumento de preços se reverta, pode demorar algum tempo até que isso aconteça”, disse.
Também em relação aos dados do mercado de trabalho, indicado pelo “fraco” Payroll da última sexta-feira, Waller entende que a tendência é transitória e que a recuperação ganhará força nos próximos meses.
Ele reconheceu que os dados de emprego ainda seguem longes dos níveis pré-crise. “O Produto Interno Bruto (PIB) está de volta ao patamar pré-pandemia, mas apenas recuperamos 14 milhões dos 22 milhões de empregos perdidos na última primavera (no hemisfério norte)”, destacou.
O dirigente explicou que a dificuldade em encontrar trabalhadores, por conta do medo da covid-19 e altos benefícios a desempregados, é um dos fatores por trás do arrefecimento do mercado de trabalho, mas que isso deve ser revertido.
“Precisamos ver mais meses de dados antes de ter uma imagem clara sobre se tivemos progressos substanciais em direção ao nosso mandato duplo. Agora é hora de seremos um banco central paciente, e não guiados por surpresas temporárias nos indicadores”, disse ele, reiterando que o Fed deve manter a política acomodatícia “por algum tempo”.
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