No fim de junho, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, anunciou uma nova fase da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que prevê o envio de militares para apoiar as ações de proteção ambiental na região amazônica. A previsão do governo é de que cerca de 3 mil militares das Forças Armadas atuem nessas ações.
“Nós esperamos que com o GLO que tenhamos uma boa atividade. Nós não fazemos nada sozinho, precisamos da participação do governo federal para que possamos ter uma boa atividade de repressão ao desmatamento ilegal. Espero que possamos continuar com a colaboração para imprimir uma boa política ambiental, em especial no Pará”, disse o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida.
Nas áreas federais, os militares são deslocados para atuar em terras indígenas e unidades federais de conservação ambiental, entre outras áreas de propriedade ou sob posse da União.
No dia 28 de junho, o governo federal autorizou a operação em municípios com histórico de crimes na floresta, como Altamira, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, São Félix do Xingu e Trairão. A ação em outras áreas somente pode ser realizada se há pedido do governado estadual, o que já foi feito no caso do Pará.
Os alertas de desmatamento na Amazônia em junho bateram novo recorde para o período. Dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que a área sob alerta de desmatamento foi de 1.062 km², a maior para o mês de junho desde o ano de 2016. Os últimos quatro meses foram de alta recorde nos alertas de desmate do bioma.
Os alertas de desmatamento até junho para a Amazônia evidenciam um crescimento de 17% em relação ao primeiro semestre do ano passado, com uma área de 3.610 km2 desmatada em 2021, ante 3.078 km2 no primeiro semestre de 2020, segundo dados do site Terrabrasilis, do Inpe.
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