Paraná deve colher 646 mil toneladas de feijão, aumento de 34%

As condições climáticas adversas têm afetado a produção agrícola em todo o Brasil, e no Paraná não foi diferente. Apesar disso, algumas culturas, como o feijão, devem apresentar uma produção superior à da safra anterior. De acordo com a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), a área plantada com feijão nesta segunda safra aumentou de 294,7 mil hectares no ciclo 2022/23 para 402,9 mil hectares agora. Inicialmente, projetava-se uma colheita de 800 mil toneladas, mas a estimativa atual é de 646 mil toneladas, ainda assim 34% superior ao ciclo anterior, que teve 481 mil toneladas.

Feijão e Milho

Na primeira safra de feijão, o Paraná colheu 170,3 mil toneladas, e o total produzido nas duas safras será de 818 mil toneladas. “Essa grande oferta momentânea de produção pressiona os preços recebidos pelo produtor, que vêm recuando desde março, no início da colheita”, explicou Carlos Hugo Godinho, analista da cultura no Deral.

Para a segunda safra de milho, a previsão inicial de 14,7 milhões de toneladas foi revisada para 13,2 milhões de toneladas. Com 4% dos 2,4 milhões de hectares já colhidos, o calor intenso no início do ciclo afetou a produtividade. Cerca de 51% da plantação está em boas condições, 32% em condições médias e 17% em situação ruim, indicando uma provável redução na produção.

Trigo

A expectativa para o trigo é de alta, com previsão de 3,8 milhões de toneladas, ultrapassando em 4% a safra anterior de 3,6 milhões de toneladas, mesmo com a redução da área plantada de 1,42 milhão de hectares para 1,12 milhão de hectares (21% a menos). Até agora, 59% da área foi plantada, com 82% das sementes em bom desenvolvimento.

Olericultura

A batata de segunda safra, plantada em 10,5 mil hectares, deve render 317,8 mil toneladas, uma queda de 5% em relação às 334,5 mil toneladas do ciclo anterior. Já o tomate de primeira safra deve ter uma pequena elevação, com 146 mil toneladas, um aumento de 1% em relação ao ano passado. A segunda safra de tomate, com 66% dos 1,6 mil hectares já colhidos, pode chegar a 109 mil toneladas.

Outras Culturas

O arroz irrigado enfrenta um decréscimo de 17% na produção, com previsão de 126,8 mil toneladas, devido às fortes chuvas no final de 2023. A cevada, por outro lado, deve ter boa produção, com um crescimento de 20%, chegando a 334,6 mil toneladas. A cana-de-açúcar, embora inferior à safra 2022/23, caminha para uma boa colheita, com previsão de 33 milhões de toneladas. A produção de café deve cair de 44 mil toneladas para 41,7 mil toneladas, enquanto a mandioca pode ter um aumento de 6%, com produção de 3,7 milhões de toneladas.

Boletim Semanal

O Deral também divulgou o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 23 a 29 de maio, com comentários sobre cebola, carne bovina, suína, peru e frango, além das culturas de verão.

Apesar dos desafios climáticos, o Paraná demonstra resiliência e adaptações estratégicas em várias culturas, com destaque para o aumento na produção de feijão e trigo. A manutenção de boas práticas agrícolas e o acompanhamento contínuo das condições climáticas são essenciais para sustentar a produtividade e a competitividade do estado no setor agrícola.

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