Paraná bate recorde de apreensão de drogas no 1º semestre

O Paraná alcançou, no primeiro semestre de 2025, o maior volume de apreensões de drogas já registrado para o período, segundo dados do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (Cape) da Secretaria da Segurança Pública (Sesp), divulgados nesta quinta-feira (31).

As apreensões cresceram 27,5% em relação ao mesmo período de 2024, passando de 225,8 toneladas para 287,9 toneladas. Em comparação a 2018, quando foram apreendidas 45,5 toneladas, o aumento é superior a 532%.

Maconha lidera apreensões; ecstasy tem alta de 83%

Entre janeiro e junho, foram retiradas de circulação mais de 284 toneladas de maconha, contra 221 toneladas em 2024 e 43,9 toneladas em 2018 — uma alta de 28,2% em relação ao ano passado e de 546% em sete anos.

No caso da cocaína, foram apreendidas 2,36 toneladas, mantendo patamar semelhante ao de 2024, quando houve recorde histórico, e mais que o dobro do volume de 2018. O crack também apresentou estabilidade, com 1,5 tonelada, número três vezes maior que o registrado em 2018 (584 kg).

A maior variação ocorreu nas apreensões de ecstasy, que saltaram de 27.329 para 50.126 comprimidos, representando aumento de 83,4% em apenas um ano.

Operações integradas reforçam combate ao narcotráfico

Segundo o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o avanço é resultado da atuação integrada das polícias Civil, Militar, Penal e Científica.

“O Paraná vem batendo recordes na apreensão de drogas. Em 2023 já fomos o Estado que mais apreendeu entorpecentes no País e seguimos aumentando. São drogas que, pelo volume, não ficariam só no Paraná, iriam para outros estados”, destacou.

As forças de segurança atuam de forma estratégica nas rotas do tráfico e nas regiões de fronteira, especialmente no Oeste. A vigilância constante em rodovias e áreas de acesso internacional tem possibilitado interceptações mais eficazes, com apoio das equipes rodoviárias estaduais.

Entre as ações recentes, uma operação em Foz do Iguaçu, no dia 29, resultou na apreensão de 732 kg de maconha e na prisão de dois homens. Na semana anterior, um porto clandestino utilizado para o tráfico foi desativado em Guaíra, na divisa com o Paraguai.

Estrutura reforçada e tecnologia avançada

O Governo do Paraná investiu em novas viaturas, embarcações e aeronaves equipadas com câmeras térmicas, sistemas de comunicação em tempo real e sensores de alta precisão, o que amplia o alcance das operações.

Essas ações impactam diretamente o crime organizado, dificultando a logística do tráfico de drogas e reduzindo o envio de entorpecentes para outros estados e países.

Comparação nacional

Em 2024, o Paraná respondeu por 36,5% das apreensões de maconha e cocaína no Brasil, retirando de circulação 769 toneladas de drogas, segundo o Anuário de Segurança Pública. Em 2025, o Estado continua entre os líderes nacionais, atrás apenas do Mato Grosso do Sul, conforme dados do Sinesp.

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