O Paraná está no caminho para ultrapassar a produção recorde de milho de segunda safra, registrada no ciclo 2022/23, com 14,1 milhões de toneladas. De acordo com a primeira Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, a produção pode crescer 2%, alcançando 14,4 milhões de toneladas.
Essa expectativa de recuperação na produtividade vem após os desafios enfrentados no final de 2022 e início de 2023, quando houve atraso na colheita da soja, impactando o plantio do milho. O plantio do milho de segunda safra já começou em alguns pontos do estado e deve se intensificar em janeiro, com término previsto para o final de março. A área destinada ao cultivo será a mesma do ciclo anterior, 2,3 milhões de hectares.
Carlos Hugo Godinho, agrônomo do Deral, comentou que a manutenção da área de plantio reflete a cautela dos produtores em relação aos riscos e aos custos de cultivo. Apesar da redução dos custos recentes, essa diminuição não acompanhou a proporção da queda nos preços, o que desestimula o aumento da área cultivada.
Em relação ao feijão de segunda safra, a expectativa é de uma leve redução na área plantada, de 295 mil para 293 mil hectares. As razões incluem o atraso na soja e as limitações de calendário, apesar dos preços mais altos e custos reduzidos.
Outras culturas como batata, cebola, trigo e café também tiveram suas estimativas atualizadas. A batata de segunda safra deve cobrir 11,4 mil hectares, com uma produção de 350,4 mil toneladas, um aumento de 5% em relação ao ciclo anterior. Já a cebola teve uma redução de área plantada, com previsão de colheita de 91,7 mil toneladas, 15% menos que na safra anterior.
O Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Deral, também inclui informações sobre a produção de abacaxi, custos da produção de leite, produção de ovos e as exportações de frango e mel.
Este cenário reflete o dinamismo e os desafios do setor agrícola no Paraná, mostrando a capacidade do estado de adaptar-se e prosperar, mesmo em condições adversas.
Comentários estão fechados.