A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 20 casos da Influenza H3N2 e um óbito no Paraná nesta segunda-feira (20). A doença é um tipo do vírus da gripe Influenza A (H3), circulante no Estado há pelo menos cinco anos. Os dados foram apresentados numa coletiva de imprensa.
Os casos foram registrados nos municípios de Campo Largo (2), Campo Mourão, Castro (2), Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Maringá, Paranaguá (3), Pato Branco (3), Pinhais (2), Tapira, Toledo e Resende – Rio de Janeiro (diagnosticado no município de Rio Negro, no Paraná).
O óbito refere-se a uma mulher de 77 anos, com comorbidades, residente em Maringá. A paciente foi internada no dia 8 de dezembro, evoluindo a óbito no dia 11 do mesmo mês. Ela havia tomado a vacina contra a Influenza em outubro deste ano.
“É importante deixar claro que o Estado não está em surto de gripe. Não há motivo para pânico”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
“Estes casos confirmados têm relação direta com a baixa adesão da população a vacinação, que embora não tenha sido desenvolvida para prevenir essa variante H3N2, aumenta a imunidade e dificulta a infecção pelas Síndromes Respiratórias Agudas Graves – SRAG”, explicou.
Série histórica
O Paraná registra casos da Influenza A (H3) desde 2016, quando o sistema estadual iniciou este monitoramento com os boletins epidemiológicos. Em 2017 e 2018 a H3 foi predominante dentre as SRAG por Influenza, sendo 71,4% e 54,7% do total, respectivamente.
2016 – 4 casos e 1 óbito
2017 – 205 casos e 35 óbitos
2018 – 364 casos e 58 óbitos
2019 – 54 casos e 13 óbitos
2020 – 2 casos e 1 óbito
2021 – 20 casos e 1 óbito
Vacina
O Estado recebeu 5.165.200 vacinas contra a Influenza enviadas pelo Ministério da Saúde para a campanha deste ano iniciada em 12 de abril. Devido a baixa adesão, a imunização foi estendida e muitos municípios ainda possuem doses disponíveis (cerca de 700 mil).
A vacina também é disponibilizada na iniciativa privada e pode ser aplicada em todas as pessoas acima de seis meses de idade. A Sesa orienta que a população procure uma unidade de saúde mais próxima de sua residência e se informe sobre a disponibilidade da vacina.
Assim como ocorre com as demais doenças, com o surgimento de novas variantes ocasionadas pela mutação do vírus circulante, a próxima vacina desenvolvida deverá conter a proteção para a nova cepa, neste caso, a H3N2.
Segundo a Imunização da Sesa, a cobertura vacinal este ano está em 70,40%. A meta estipulada é de no mínimo, 90%. No ano passado o Paraná registrou a maior cobertura dos últimos cinco anos, com 98,41%.
“Precisamos que a população se conscientize da necessidade de se vacinar. O Paraná sempre atingiu as metas de vacinação preconizadas pelo Ministério da Saúde e neste ano, pelo menos 20% do público esperado ainda não se vacinou”, ressaltou Beto Preto.
Foto: Divulgação Sesa