
A colheita da segunda safra de milho no Paraná avança e confirma a previsão de produção recorde para o ciclo 2024/25. De acordo com a Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), o Estado deve colher 17,06 milhões de toneladas nesta etapa, acima da estimativa inicial de 16,8 milhões. Até agora, 64% dos 2,77 milhões de hectares plantados já foram colhidos.
Somando à primeira safra, que rendeu pouco mais de 3 milhões de toneladas, o volume total da cultura no Paraná ultrapassa 20 milhões de toneladas, consolidando-se como a maior colheita da história em volume e área cultivada.
Segundo o analista do Deral, Edmar Gervásio, a alta produtividade em áreas menos impactadas pelo clima compensou as perdas causadas por estiagem, ondas de calor e geadas registradas no inverno.
“Já é possível afirmar, com certo grau de segurança, que esta é a maior safra da história tanto em volume quanto em área cultivada”, destacou Gervásio.
O analista lembrou que a safra brasileira também deve ser histórica, com 132 milhões de toneladas, conforme estimativa da Conab. A expectativa é que a maior oferta de milho contribua para reduzir custos de produção de carnes e derivados, estabilizando preços no mercado interno.
Feijão, café e trigo
A safra de feijão encerrou com 862 mil toneladas, novo recorde estadual, mesmo com ajuste de área para 327,6 mil hectares. Para o café, mais de 80% da área de 25,4 mil hectares já foi colhida, com produtividade próxima ao limite superior esperado, somando 44,5 mil toneladas.
No caso do trigo, o Paraná semeou 833 mil hectares, com produção estimada em 2,61 milhões de toneladas – ligeira redução diante das geadas de junho. Algumas perdas foram registradas no Norte, mas o impacto geral é limitado.
Outras culturas
A cevada, beneficiada pelo clima, teve área revisada para 98,9 mil hectares, com expectativa de 431,7 mil toneladas. Já a aveia sofreu com geadas, mas a colheita deve render 245 mil toneladas.
Entre as hortaliças, a segunda safra de batata deve alcançar 315,6 mil toneladas, enquanto o tomate soma 266,8 mil toneladas nas duas safras. Para a cebola, a estimativa é de 108 mil toneladas, 16,3% a menos que no ciclo anterior.
Pecuária e exportações
O Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral, além do milho também aponta:
- Avicultura de postura com alta nos preços e exportações de ovos, que somaram 33,4 mil toneladas no semestre (+45,9%).
- Exportação de carne de frango nacional em queda por restrições sanitárias, mas o Paraná mantém liderança, com 1,083 milhão de toneladas no semestre.
- Suinocultura com preços em alta e margens positivas, embora menores que no mesmo período de 2024.
- Couro bovino em retração: 54,2 mil toneladas contra 58,8 mil no primeiro semestre anterior.
A primeira estimativa para a safra 2025/26 será divulgada em 28 de agosto pelo Deral.
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