O Governo do Estado do Paraná decretou, nesta quinta-feira (14), situação de emergência em saúde pública devido ao preocupante aumento no número de casos e óbitos por dengue. O decreto 5.183/2024, válido por 90 dias, visa intensificar as medidas de controle e combate à doença. Entre as ações destacadas estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, a facilitação da aquisição de larvicidas e o reforço na importância de cumprimento das determinações sanitárias pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa medida excepcional, como descrito pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, é uma resposta ao grande esforço já realizado pelo estado para reduzir a incidência da doença, proporcionando um reforço nas ações de combate à dengue. A situação é crítica: apenas no último boletim epidemiológico, foram registradas 34.996 novas notificações, elevando o total sazonal 2023/2024 para 222.590 notificações, com 90.972 casos confirmados e 49 óbitos.
Quase a totalidade dos municípios paranaenses registrou notificações da doença, com uma incidência de 697 casos autóctones por 100 mil habitantes. O Paraná ocupa atualmente a quarta posição no país em termos de incidência de dengue.
Em resposta, uma mobilização conjunta entre o Estado e os municípios está programada para o próximo sábado (16), visando a limpeza e conscientização da população sobre a eliminação de criadouros do mosquito.
Adicionalmente, foi anunciado um pacote de recursos no valor de R$ 93 milhões para auxiliar os municípios no combate à dengue. Esses fundos destinam-se a reforçar as ações preventivas, além de promover a saúde e proporcionar recursos para a compra de medicamentos e equipamentos.
A dengue é caracterizada por três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação. Os sintomas incluem febre, cefaleia, fraqueza muscular, dor nas articulações, entre outros. Diante dos primeiros sinais, a recomendação é procurar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
Este decreto de emergência destaca a seriedade do surto de dengue no Paraná e a necessidade de ações coordenadas para proteger a saúde pública.
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