A Polícia Científica do Paraná (PCP) modernizou sua capacidade investigativa com a aquisição e instalação do sistema automatizado de extração de DNA, Autolys, uma das ferramentas mais avançadas na área de análise forense mundial. O equipamento foi instalado na sede da PCP em Curitiba e custou aproximadamente R$ 2,7 milhões, financiado com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e do Fundo Especial do Sistema Único de Segurança Pública do Paraná (Funsusp/PR).
Principais benefícios do Autolys
- Precisão e agilidade na análise de material genético:
- Permite a purificação e normalização do DNA extraído, garantindo resultados mais confiáveis.
- Reduz os riscos de contaminação durante o processo, melhorando a qualidade das amostras.
- Especializado em extrair DNA de células complexas, como espermatozoides, essencial em casos de violência sexual.
- Aumento de produtividade:
- Processa 88 amostras simultaneamente, triplicando a capacidade atual e reduzindo o tempo médio de análise, que antes variava de uma a duas semanas.
- Impacto na Justiça e Segurança Pública:
- Resultados mais rápidos e precisos aceleram os processos judiciais e fortalecem a resolução de crimes complexos.
Investimentos contínuos e excelência tecnológica
O laboratório de genética molecular da PCP, que completa 20 anos em 2024, é referência nacional. A aquisição do Autolys integra o programa Laboratório de DNA 2.0, que busca aprimorar a infraestrutura forense e combater a impunidade, especialmente em casos de violência sexual.
Outras iniciativas recentes incluem:
- Compra de um espectrômetro portátil, em abril, utilizado para identificação de agressores sexuais.
- Planejamento de novos investimentos, com 12 softwares e 12 equipamentos de análise genética, avaliados em R$ 8 milhões.
- Realização de um concurso público para a contratação de 30 peritos oficiais criminais, com previsão de nomeação nos próximos meses.
Paraná na vanguarda nacional
Com a aquisição do Autolys, o Paraná se junta a outros quatro estados e à Polícia Federal no uso dessa tecnologia, consolidando sua posição entre os mais avançados parques tecnológicos forenses do Brasil.
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Segundo o diretor-geral da PCP, Luiz Rodrigo Grochocki, o equipamento não só aprimora a precisão técnica como também protege os cidadãos contra possíveis injustiças, ao basear as provas em métodos científicos robustos.
A modernização reflete o compromisso do Estado em aplicar de forma estratégica os recursos do FNSP, com 71% dos valores recebidos desde 2019 investidos na estrutura policial.
“A PCP não é feita apenas de estruturas e equipamentos, mas também de servidores que utilizam essas tecnologias com excelência”, destacou Grochocki.
Esses avanços reforçam o papel da PCP como um modelo de inovação e eficiência no Brasil, contribuindo para a solução de crimes e a construção de um sistema de segurança mais confiável e justo.
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