O Paraná continua a liderar o ranking nacional de doação de órgãos por milhão de população (pmp) no Brasil, de acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Em 2024, o estado registrou 41,6 doações pmp, superando Rondônia (40,5 pmp), Santa Catarina (39,4 pmp) e Rio de Janeiro (26,9 pmp). A média nacional de doações ficou em 19,1 pmp.
Entre janeiro e junho de 2024, o Paraná contabilizou 648 notificações de potenciais doadores, resultando em 242 doações efetivas — o maior número já registrado no estado. Além disso, a taxa de recusa familiar para doação de órgãos apresentou uma redução significativa, passando de 27% no primeiro semestre de 2023 para 25% no mesmo período de 2024.
“Doar é um ato de amor e solidariedade humana, e atingimos números importantes em 2024, além de diminuir a taxa de negativa dos familiares no que diz respeito às doações”, celebrou o secretário da Saúde, César Neves.
A Central Estadual de Transplantes (CET), localizada em Curitiba, coordena as atividades de doação e transplante em todo o estado, com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) distribuídas em Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. A OPO de Curitiba foi destaque, com o maior número de notificações (234) e doações efetivas (98) no primeiro semestre de 2024.
No mesmo período, o Paraná realizou 431 transplantes de órgãos, um aumento de 47 procedimentos em relação ao mesmo período de 2023. Foram realizados 256 transplantes de rim, 148 de fígado, 21 de coração, cinco de pâncreas/rim e um de fígado/rim, além de 644 transplantes de córneas. O número de transplantes de coração, com 21 procedimentos, é o maior dos últimos oito anos.
O Sistema Estadual de Transplantes conta com aproximadamente 700 profissionais e uma infraestrutura robusta, incluindo 23 equipes de transplantes, 16 centros de transplantes de órgãos, e uma infraestrutura de transporte com nove veículos próprios e 12 aeronaves para emergências.
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Para Juliana Ribeiro Giugni, coordenadora do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), o sucesso nos resultados deve-se ao trabalho árduo e à dedicação das equipes envolvidas. “Os resultados positivos não são apenas números, representam esperança e vida nova para aqueles que aguardam na lista de transplante”, afirmou.
Atualmente, 3.829 pessoas aguardam na fila de espera por um transplante no Paraná, sendo 3.209 pacientes ativos e 620 semi-ativos. A maior demanda é por transplante de rim, com 1.809 pacientes ativos e 321 semi-ativos, seguido por transplantes de outros órgãos e tecidos.
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