O mês de março de 2025 foi o mais quente já registrado em oito cidades do Paraná, segundo dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Telêmaco Borba, Santo Antônio da Platina, Londrina, Laranjeiras do Sul, Francisco Beltrão, Fazenda Rio Grande, Cornélio Procópio e Cândido de Abreu tiveram a média da temperatura máxima mais elevada da série histórica para o período. Em contrapartida, Candói apresentou uma média levemente abaixo do normal.
Além disso, em todas as 45 cidades paranaenses que possuem estação meteorológica do Simepar, a temperatura média ficou acima do esperado para março. O destaque foi Cândido de Abreu, que registrou média de 25°C, dois graus acima da média histórica de 23°C. Os dados, divulgados nesta terça-feira (1º), apontam que março manteve a tendência de calor intenso já observada em fevereiro.
Recordes de temperatura nas cidades paranaenses
Em Telêmaco Borba, a média da temperatura máxima atingiu 31,2°C, a maior desde 1998. Em Santo Antônio da Platina, com 31,5°C, foi o maior índice desde 2019. Londrina registrou 32,2°C, alcançando a média mais elevada desde 1998. Já em Laranjeiras do Sul, com 29,9°C, o recorde superou o de março de 2019.
Outras cidades com temperaturas máximas elevadas foram:
- Francisco Beltrão: 31,0°C, a maior desde 2011;
- Fazenda Rio Grande: 27,2°C, a mais alta desde 2010;
- Cornélio Procópio: 31,6°C, recorde desde 2019;
- Cândido de Abreu: 33,8°C, maior média desde 1998.
Em relação às temperaturas médias, Francisco Beltrão registrou 23,6°C, igualando março de 2024 e se mantendo como a mais alta desde o início da série histórica, em 2011.
A única cidade com temperatura média ligeiramente abaixo do esperado foi Candói, que marcou 25,4°C em março de 2025, enquanto a média histórica da cidade é de 25,7°C.
Chuvas abaixo da média no Paraná
O mês de março de 2025 também foi marcado por precipitações abaixo da média em grande parte do Paraná. Entre as 48 estações meteorológicas do Simepar, apenas 11 registraram volumes de chuva superiores à média histórica para o período:
- Distrito de Entre Rios (Guarapuava): 221,8 mm (média histórica: 151,4 mm)
- Guarapuava: 242,6 mm (média histórica: 121,6 mm)
- Fernandes Pinheiro: 112,4 mm (média histórica: 108,4 mm)
- Lapa: 184,2 mm (média histórica: 132 mm)
- Palmas: 168,8 mm (média histórica: 151,6 mm)
- Palotina: 109,2 mm (média histórica: 106,9 mm)
- Pinhais: 114 mm (média histórica: 113,2 mm)
- Candói: 136,6 mm (média histórica: 136 mm)
- Santa Helena: 128,4 mm (média histórica: 118,2 mm)
- Toledo: 177,4 mm (média histórica: 115,7 mm)
- União da Vitória: 124,8 mm (média histórica: 106 mm)
Nas regiões Centro-Norte, Oeste e Sudoeste do estado, as chuvas ficaram entre 20 mm e 100 mm abaixo da média. Em Campo Mourão e Capanema, por exemplo, o déficit pluviométrico chegou a 100 mm.
A irregularidade das chuvas foi um fator de destaque. Enquanto Guaratuba registrou um acumulado de 280 mm, Paranaguá, cidade vizinha, teve apenas 102 mm no mesmo período. Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Simepar, a falta de sistemas meteorológicos que provocam chuvas generalizadas contribuiu para essa variação.
“A maior parte dos eventos ocorreu de forma pontual e rápida, o que é bastante característico desta época do ano”, explicou Braun.
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