As temperaturas subiram gradativamente no Paraná nos últimos dias e, de acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental), áreas de instabilidade se formam nesta quinta-feira (24), trazendo chuva para regiões que estão há mais de 20 dias sem precipitação.
Nesta quarta-feira (23), até as 13h, os termômetros marcavam entre 18°C e 29°C em todo o Estado. O aumento da umidade e do calor favorece a formação de nuvens carregadas.
“O ar quente e úmido vem da região Amazônica, passando pelo Centro-Oeste na direção do Sul do país, mas não atua de maneira uniforme. Por isso não teremos chuvas persistentes”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Como será a chuva no Paraná?
A previsão não indica a chegada de uma frente fria acompanhada de massa polar, como ocorreu em outros momentos do inverno. Segundo o Simepar:
- Chuva fraca a moderada: metade sul do Estado, do extremo Oeste ao Leste, incluindo parte sul do Noroeste;
- Possibilidade de raios: regiões Oeste e Sudoeste, mas sem acumulado expressivo;
- Sem temporais: instabilidade será passageira, com menor intensidade na sexta.
Na sexta-feira (25), ainda pode chover ocasionalmente de madrugada, mas o tempo volta a secar ao longo do dia, com elevação das temperaturas no sábado (26). No domingo (27), o clima volta a ficar instável em todas as regiões.
Vários municípios paranaenses estavam sem chuva há 20 a 24 dias. Em junho, as chuvas ficaram acima da média histórica, mas em julho os acumulados foram mínimos. A umidade relativa do ar chegou a ficar abaixo de 50% em muitas cidades.
Veja alguns exemplos:
- Guaíra: não chove desde 30/06; junho registrou 114,8 mm (média 78,7 mm); julho, até agora, 0 mm.
- Jaguariaíva: última chuva em 02/07; junho teve 167,8 mm (média 93,5 mm).
- Cascavel: última chuva significativa em 27/06; junho somou 242,6 mm, mas julho segue sem registros.
- Guarapuava: última chuva no início de julho; acumulado do mês é de apenas 1,4 mm (média 104,1 mm).
- Ponta Grossa: choveu 7,6 mm em julho, bem abaixo da média de 89 mm.
- Norte do Estado (Londrina, Maringá, Apucarana): não chove desde final de junho, acumulando zero milímetros em julho.
Por que julho está tão seco?
Segundo o Simepar, a estiagem está relacionada a um bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul, que impediu a chegada de frentes frias típicas da estação, favorecendo a atuação de massas de ar seco.
“Em julho, é comum termos poucos episódios de chuva. Em 2025, o bloqueio atmosférico reforçou esse padrão”, destaca Kneib.
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