Ao fim do prazo de experiência, dados dos equipamentos passam por uma análise do Depatran; se comprovada sua eficiência serão instalados novamente, em número maior
Jéssica Procópio e assessoria
Desde segunda-feira (7) os quatro parquímetros eletrônicos instalados pela região central de Pato Branco foram desativados. Os equipamentos, que atuavam no sistema rotativo de estacionamento do município através do sistema Estar Digi, faziam parte de um projeto-piloto para verificar a viabilidade de mais parquímetros em Pato Branco.
O experimento foi realizado pelo Departamento Municipal de Trânsito (Depatran) por um período de 90 dias e tinha por objetivo analisar a eficiência do equipamento e a aceitação da população.
Agora, chegado ao fim desse processo experimental, o departamento analisará todos os dados registrados pelos quatro parquímetros e verificará se vale a pena investir no aluguel de mais equipamentos ou se o trabalho com os agentes de trânsito é suficiente.
Retorno a população
De acordo com Robertinho Dolenga, diretor do Depatran, a expectativa é de que em até 15 dias o departamento analise todos os dados e devolva uma resposta à população. “Se for viável vamos solicitar a permanência desse sistema. Ai novamente temos que iniciar um novo processo de contratação, a partir de licitação”, explica.
Autonomia no Estar Digi
Ainda conforme Dolenga, mesmo sem uma análise completa dos dados já é possível afirmar que os parquímetros são equipamentos interessantes “sob o ponto de vista de serviço, uma vez está disponível ao usuário mesmo que o agente não esteja disponível naquele momento. Ou seja, o usuário pode pagar o seu horário, sem o agente”.
O diretor do departamento ressalta ainda que o parquímetro surge como uma opção para dar conta da atual demanda no município. Segundo ele, em muitos casos as pessoas não encontram o agente onde deixam seus veículos. Isso porque há uma área de abrangência muito grande o que acaba exigindo que o agente cubra mais de um setor por vez.
Parquímetros em Pato Branco
Os quatro parquímetros estavam em funcionamento nas esquinas das ruas Ibiporã com Tapajos, Ibiporã com Avenida Tupi, Ibiporã com Guarani, Guarani com Itabira e Pedro Ramires de Mello com Avenida Brasil.
Os pontos onde foram instalados os equipamentos tinham como meta atender o grande fluxo de pessoas de outros municípios, próximos a hospitais, e do anel central, onde há um número elevado de carros estacionados.
Com o equipamento, os usuários tinham a possibilidade de pagar pelo estacionamento com cartão de crédito e de débito, ainda em moedas. Assim R$ 1 equivalia a uma hora; R$ 0,50, meia hora; R$ 0,25 25 minutos; R$ 0,10, dez minutos e R$ 0,05 cinco minutos.
O que diz a população
Nas redes sociais do Diário do Sudoeste, alguns seguidores se manifestaram a favor da permanência dos equipamentos. Para todos, o parquímetro é uma ótima opção para otimizar tempo, uma vez que não depende de um agente para pagar por seu estacionamento.
Para Thiago Henrique Malkut, o parquímetro é muito mais útil, “porém parece ter muita gente que não sabe da existência dele ou não consegue utilizar. Então que se mantenham”, disse.
A maioria dos leitores também se manifestou sobre a dificuldade de encontrar agentes pelas ruas do município. “Acho que deve permanecer, pois nem sempre os agentes estão por perto e não tem como comprar os cartões, aí saímos e na volta tem a notificação, por exemplo”, comentou Marcos Willian Duarte, finalizando que o aparelho também facilita a compra de hora no Estar Digi por pessoas de outras cidades.
Leitores de outros municípios da região e que circulam por Pato Branco também opinaram quanto a continuidade dos parquímetros. Uma pessoa relatou que em certa ocasião quando esteve em Pato Branco estacionou o veículo em determinado ponto, e por não localizar um agente de trânsito, foi até a sede do Depatran para o pagamento do estacionamento. Esta mesma leitora opinou que “deixando irão facilitar a vida de muita gente, só uma questão de adaptação.”
Entre as manifestações houve ainda quem sugeriu pontos para a instalação de parquímetros.
Enquanto que Neimar Colla ponderou para deixar os parquímetros “porque facilita. Sem contar que com os agentes você só compra uma hora e nos parquímetros podemos comprar meia hora, nem sempre vamos usar o estacionamento por uma hora.”