O IPCC, organização de 195 governos, chegou ao novo relatório a partir de análises durante três anos de 14 mil estudos científicos com revisões pelos pares. Trata-se da primeira grande avaliação internacional da pesquisa sobre mudanças climáticas desde 2013, no primeiro dos quatro relatórios do IPCC esperados para os próximos 15 meses.
“Já sabemos há décadas que o mundo está esquentando, mas o relatório nos diz que mudanças recentes no clima são disseminadas, rápidas e se intensificam, de maneira sem precedentes em milhares de anos”, afirmou Ko Barrett, vice-presidente do painel. “Além disso, é incontestável que atividades mudanças causam mudanças climáticas.”
O relatório destaca a responsabilidade humana por ondas recordes de calor, secas, tempestades mais intensas e outros eventos extremos de temperatura vistos pelo mundo nos últimos anos. Ele também detalha melhor estimativas de quão sensível é o clima a níveis crescentes de gás carbônico e outros gases estufas na atmosfera.
O documento estabelece as bases científicas para a COP26, cúpula sobre mudança climática prevista para novembro em Glasgow.
Um acordo global de 2015 em Paris previa que os países adotassem medidas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius, mas os esforços têm sido insuficientes.
O relatório desta segunda-feira projeta que, sem reduções rápidas nas emissões, as temperaturas globais podem subir mais de 1,5 grau Celsius ao longo dos próximos 20 anos.
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