Preservar a vida e combater o suicídio é o objetivo da campanha Setembro Amarelo em todo o Brasil. Neste ano com o lema “A vida é a melhor escolha”, as ações em Vitorino agregaram passeata e palestras com crianças, adolescentes e jovens. Através da Secretaria de Desenvolvimento Social em parceria com as pastas de Saúde e Educação, Cultura, Esporte e Lazer o município levou informação aos nossos alunos sobre a realidade das doenças mentais, é o que frisou a secretária de Desenvolvimento Social Vitória Folgassa. “Fizemos uma semana de conscientização nas escolas, porque é de onde vem a maior demanda. O intuito com a passeata é também alcançar o maior número de pessoas com nossa mensagem”.
A passeata do Setembro Amarelo ocorreu na sexta-feira (23) para conscientizar a população sobre as necessidades de ouvir o outro. Conforme uma das psicólogas do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), Bruna Strappazzon, “o público-alvo das ações foram os adolescentes justamente por serem mais suscetíveis aos questionamentos sobre a vida”. A caminhada contou com apoio dos alunos do Colégio Estadual Padre Henrique Vicenzi que carregaram mensagens de apoio e incentivo a vida durante o trajeto na avenida Brasil Argentina.
Durante a última semana mais de 500 alunos do Colégio participaram de palestras. No Centro de Convivência para Idosos e nos colégios no período noturno, adolescentes conversaram com psicólogas convidadas para tirar suas dúvidas sobre como ajudar o próximo, possibilidades de tratamento da depressão e formas de prevenir o suicídio.
Em Vitorino inclusive, existem dois pontos acessíveis de atendimento psicológico gratuito: o Posto de Saúde Central e o Cras. Uma das servidoras que atende no Posto, a psicóloga Eloana Damasceno esclareceu como este atendimento ocorre diariamente. “Nós atendemos pessoas com diferentes sintomas e um dos primeiros é a autolesão, que aparece juntamente com crise de ansiedade e angústia. Se não tratar, isso com certeza vai evoluir”, explica. Eloana contou que todos os profissionais de saúde estão treinados para reconhecer os sintomas de depressão e encaminhar para o acompanhamento médico adequado. Outra fonte de informação, segundo a psicóloga, sobre a realidade da saúde mental de nossos jovens são os professores. “Frequentemente eles repassam sinais que identificam, e encaminham para nós tratarmos”, finaliza.