A equipe Pato Baja, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) campus Pato Branco, realizou uma conquista inédita, se tornando a campeã da 28ª Competição Baja SAE Brasil, na etapa nacional. Composta por 16 acadêmicos dos cursos de engenharia mecânica, elétrica, civil, de computação e curso de administração, a equipe projeto, dimensiona e fábrica protótipos off-road Baja, onde em competição realizada em São José dos Campos (SP), no último final de semana, conquistou o primeiro lugar da premiação pela primeira vez.
Os estudantes que fazem parte da equipe foram recebidos com uma comemoração na universidade. Com ótimo desempenho registrado nas categorias suspensão e direção; enduro; apresentação de projeto dinâmico; melhor equipe; manobrabilidade; designe e ergonomia; e tração.
Segundo o aluno e integrante da equipe Pato Baja, Gilmar Derpho, do 5° período de engenharia mecânica, a meta da equipe para 2023 era ficar entre os cinco primeiros no campeonato nacional, e “acabou que o desenvolvimento da equipe foi tão grande, o empenho tão significativo, se doaram bastante e fomos agraciados com o primeiro lugar, graças ao empenho e dedicação, que vai marcar a história”.
Gilmar destaca que os estudantes competiram com equipes tradicionais do Brasil e que já convivem com uma indústria automobilística no entorno. “É um desafio maior que foi superado e com o primeiro lugar estamos muito bem qualificados”, comenta.
De acordo com o diretor-geral da UTFPR, campus de Pato Branco, Gilson Ditzel Santos, o campeonato nacional é consolidado no país e envolve 54 universidades, entre as melhores do país. “Nós estamos muito felizes, é uma história que já vem no campus a mais de 10 anos e, no ano passado, foram os primeiros no campeonato regional Sul Brasil e oitavo no nacional, e agora ganharam”, afirma.
Gilmar aponta que o mérito é dos alunos, seus professores e também dos técnicos administrativos. “Um campus do interior conseguiu superar universidades tradicionais e grandes do país”.
A experiência de atingir o primeiro lugar foi descrita pelo coordenador do Pato Baja, Joviano Casarin, como uma experiência única e um resultado esperado pela equipe há bastante tempo.
“Trabalhamos desde 2013 para conquistar esse título, a gente sabia que tinha esse potencial. O que faltava para nós era alinhar a questão técnica, de estratégia e competição”, comenta.
O coordenador, que também é professor da UTFPR, aproveitou o momento para agradecer aos membros antigos pelo desempenho no projeto e aos atuais que tem se dedicado.
Joviano destaca que a equipe mostrou a todos que mesmo com pouco recurso, é possível atingir o primeiro lugar de uma competição através do foco, objetivo e persistência, “sabendo investir o pouco que a gente tem conseguimos construir um carro muito competitivo e almejar os títulos que grandes equipes do Brasil vem conquistando a um bom tempo”.
Segundo o coordenador, o protótipo utilizado na competição do último final de semana também será usado para a Etapa Sul, sem novidades. No entanto, a equipe prepara a implantação do projeto com sistema de tração 4 por 4 para as competições do próximo ano. O custo atual do Pato Baja gira em torno de R$ 30 mil e, o protótipo esperado para 2024, com novas tecnologias, poderá custar R$ 60 mil. Dessa forma, a equipe busca por novos patrocinadores para tirar o projeto do papel.
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