Marcilei Rossi com assessoria
A Prefeitura de Pato Branco realizou nessa terça-feira (8) a doação de terreno na rua Ivaí, nas proximidades com a BR-185, para a construção da sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Sudoeste, que é administrado pelo Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar).
Em 2018, quando o Estado cogitou a possibilidade de unificação da Central de Regulação dos Serviços de Urgência 192 em Cascavel, como forma de redução de custos, lideranças do Sudoeste se uniram para que de fato isso não ocorresse.
Na época um dos fatores destacados para a não unificação da central foi o fato de que cada região possui suas peculiaridades de atendimentos. Também foi levado em conta que os atendimentos passam a ser mais precisos em centrais decentralizadas, pelo fato de menor fluxo de acionamentos.
Com a permanência da Central de Regulação no Sudoeste e com a estrutura de Pato Branco dividida em duas unidades, — uma operacional e outra administrativa —, gestores municipais e do Ciruspar passaram a buscar terrenos para a construção da nova sede do serviço.
Anteriormente a escolha do imóvel doado nessa terça, cogitou-se a possibilidade da sede ser transferida para as proximidades do estádio Os Pioneiros, também as margens da BR-158.
A escolha do imóvel passou por avaliação da equipe do Samu, e levou em conta principalmente a pronta resposta nos chamados. Assim, a localização do terreno em uma região de fácil acesso para a PR-280 e também a BR-158, bem como para a zona Sul de Pato Branco contribuíram para a seleção do terreno de aproximadamente 9 mil m².
“O Samu é um serviço muito importante para a população de Pato Branco e de toda região, é de extrema relevância e representa muito para o nosso município. Com isso, buscamos um espaço estratégico, onde a resposta ao atendimento seja no menor tempo possível, salvando e preservando a vida da nossa população”, destacou o prefeito de Pato Branco, Robson Cantu.
Presidente do Ciruspar, e prefeito de Ampére, Disnei Luquini lembrou a busca por um terreno em Pato Branco para a construção da sede do serviço de urgência.
Luquini que antecipou ter agenda marcada em Curitiba com o secretário Estadual de Saúde, Beto Preto, na segunda-feira (14), disse caber ao Consórcio capitanear recursos junto aos governos do Estado e Federal.
Ele ainda destacou que já houveram tratativas com esta finalidade, porém sempre esbarrando na necessidade de terreno, assim, o que se tinha era um pré-projeto. Contudo, já na próxima segunda, o presidente do Ciruspar deve apresentar ao Estado o projeto que segundo Luquini está orçado em R$ 13 milhões.
Conforme o presidente do Ciruspar a obra vai dar condições físicas para os samuzeiros de Pato Branco trabalharem com qualidade.
“Onde estamos hoje, são áreas adaptadas e não tem muitas condições de trabalho. Então temos que comprar mais equipamentos, fazer reformulações na nossa sede e com a sede própria, com a construção dentro de um projeto montado pela universidade, vai atender a demanda e a necessidade do nosso povo”, afirmou Luquini revelando ainda que no local será construída a escola do Samu.
“A ideia do projeto é essa, fazer a escola de treinamento aqui. O terreno é um espaço grande, vai ser adaptado várias construções e lá vamos fazer toda essa área que tem necessidade, inclusive para a educação com nossa escola técnica, para que todos os samuzeiros do Sudoeste, possam vir a Pato Branco fazer seus treinamentos”, disse o presidente que segue a frente do consórcio até o final de 2022 e que pretende ainda em sua gestão iniciar a obra.
Luquini reconhece que todos os trâmites futuros são demorados, ao mesmo tempo em que afiram haver “a sinalização de recursos de deputados estaduais e federais, e acredito que logo começaremos a implantar essa obra”.
No momento, o consórcio não cogita, pelo menos de forma oficial, a necessidade de aporte de recursos dos 42 municípios para a construção da sede, uma vez que o objetivo é sensibilizar ao máximo as lideranças políticas para a importância da obra para o Sudoeste, e assim captar se não a totalidade a maioria dos recursos necessários de cofres do Estado ou da União.
Repasses de recursos
Durante a doação do terreno o prefeito de Ampére também comentou o trabalho desenvolvido no ano passado para o cumprimento dos pagamentos de repasses por parte da União aos Samus, cumprindo assim o que está previsto em lei.
De acordo com Luquini as tratativas devem ser retomadas, no entanto, no momento, os municípios seguem arcando com o que deveria ser a parcela do Governo Federal, enquanto que este repassa o que de os municípios teriam como responsabilidade. “É uma disparidade muito grande e com isso vamos iniciar logo essas tratativas porque o Samu também precisa de recursos para se manter.”
Com relação ao Estado, outro assunto que deve movimentar a pauta do encontro de Luquini com Beto Preto é referente ao repasse que o Estado vem realizando aos Samus do Paraná, com exceção do Sudoeste, para o atendimento das rodovias desde o fechamento das praças de pedágios.
De acordo com o presidente do Ciruspar, o valor do repasse é de R$ 295 mil. “O Samu atende várias rodovias estaduais do Sudoeste, cabe também ao governo nos auxiliar nesse valor, que via nos auxiliar muito”, disse.
