O verão e o período chuvoso favorecem a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. Mesmo sem alerta, a Secretaria Municipal de Saúde de Pato Branco intensifica as ações de prevenção e monitora o avanço das arboviroses na cidade. O combate aos criadouros do mosquito se torna crucial porque as condições climáticas — temperaturas elevadas e maior umidade — aceleram o ciclo de desenvolvimento do vetor.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Tatiany Zierhut, o município segue atento, emitindo cartas de alerta e realizando reuniões estratégicas para orientar a população sobre os cuidados necessários. “A dengue é endêmica no Paraná e nosso Departamento monitora os indicadores constantemente, inclusive em períodos de baixa transmissão”, afirma Tatiany.
A secretária municipal de Saúde, Márcia Fernandes de Carvalho, reforça o papel de cada morador: “Eliminar recipientes com água parada e manter terrenos limpos salva vidas. O combate ao mosquito começa dentro de casa”. O mosquito se reproduz em locais simples, portanto, pequenas atitudes diárias fazem toda a diferença no enfretamento da doença.
Casos e bairros mais afetados
Entre 1º de janeiro e 20 de outubro de 2025, Pato Branco registrou 2.893 notificações de suspeita de dengue, com 943 casos confirmados, sendo 851 autóctones (transmissão local). Não houve mortes, mas houve incremento de 12 novos casos nas últimas duas semanas.
Os bairros com maior número de casos confirmados são Planalto (147), São João (105), São Cristóvão (103), Centro (70), Alvorada (45) e Bela Vista (43). Sorotipos 2 e 3 do vírus circulam no município, o que aumenta o risco de quadros agressivos em quem já contraiu dengue anteriormente.
Além dos dados de dengue, 820 notificações de chikungunya foram registradas, com 396 confirmações e 362 autóctones. Os bairros com maior incidência são Planalto (98), São João (50), São Cristóvão (34) e Bela Vista (32).
Sintomas, cuidados e orientações à população
A dengue se manifesta inicialmente por febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, mal-estar, fraqueza e manchas vermelhas na pele. Casos graves podem evoluir para dores abdominais intensas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. É fundamental procurar uma Unidade de Saúde ao apresentar sintomas, garantindo o diagnóstico e o tratamento conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Medidas de prevenção recomendadas pela Secretaria de Saúde:
- Eliminar pratos de plantas, pneus e recipientes com água parada
- Tampar caixas d’água, lajes, lixeiras, ralos e cisternas
- Limpar calhas e áreas externas regularmente
- Cobrir piscinas
- Manter terrenos livres de lixo acumulado
- Usar repelente em áreas de transmissão
Tatiany Zierhut alerta: “Custos diários reduzem o risco de transmissão e protegem toda a comunidade. O município mantém a vigilância permanente e orienta os moradores para evitar a proliferação do Aedes aegypti.”
Vacinação: proteção ampliada contra dengue
A campanha de vacinação contra a dengue está disponível em Pato Branco para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, inclusive para quem já teve a doença — seguindo recomendação do Ministério da Saúde. É preciso aguardar seis meses após infecção para receber o imunizante, que reduz o risco de casos graves.
A vacinação ocorre nas UBSs e na Sala de Vacinas Central (Rua Paraná, 671). O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de 90 dias. O município destaca que a proteção se completa após a segunda dose.





