No mesmo período de 2020, município teve saldo negativo, puxado pelas demissões ocasionadas em decorrência a pandemia da covid-19
Marcilei Rossi com AEN
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nessa quinta-feira (29), podem servir como um termômetro da geração de emprego formal durante a pandemia.
Com a divulgação dos dados de junho, é possível fazer o comparativo do primeiro semestre de 2020 — quando a pandemia da covid-19 provocou uma série de demissões devido à incerteza do então cenário — com o mesmo período de 2021 — quando, com a vacinação, os números voltaram a patamares obtidos em 2019.
Um exemplo claro da retomada da geração de emprego formal (com carteira assinada) é Pato Branco.
Em 2019, o município fechou o primeiro semestre com saldo positivo de 1.925 postos de trabalho.
Ocupando a quarta colocação do ranking dos cinco melhores desempenhos do semestre, Pato Branco apareceu atrás apenas de Curitiba, Maringá e Cascavel, e ainda tinha uma projeção de crescimento no número de oferta de trabalho formal.
Com a crise gerada pela pandemia, o fechamento de postos de trabalho e ainda com empresas aderindo ao programa do Governo Federal, que permitiu uma série de acertos trabalhistas, o município fechou o primeiro semestre de 2020 com saldo de 584 demissões, frente as contratações.
Passados 16 meses da declaração da pandemia da covid-19, Pato Branco voltou a fechar o primeiro semestre do ano positivamente. De janeiro a julho de 2021, foram formalizadas 2.023 contratações com carteira assinada.
Assim como em 2019, o município voltou a figurar na lista dos municípios lideram a criação de empregos formais. Na sétima colocação de uma lista de dez municípios, Pato Branco aparece atrás de Curitiba, Cascavel, Maringá, Londrina, São José dos Pinhais e Toledo, e a frente de Ponta Grossa, Umuarama e Cambé.
Desempenho
Observando o desempenho mês a mês do município, é possível notar, de janeiro a junho deste ano, uma oscilação nos números de contratações.
Em janeiro o saldo foi de 525 contratações e, em fevereiro, 596. Março, por sua vez, teve 315; abril, 371; e maio 166. O mês de junho foi o que teve o desempenho mais tímido do semestre, com saldo de 26 contratações formais.
Sudoeste
O Sudoeste que viu seus índices negativarem nos primeiros seis meses de 2020 (-536), também reverberam os resultados obtidos com a imunização da população e a retomada consolidada de diversos segmentos.
De janeiro a junho deste ano, 7.354 trabalhadores tiveram a carteira de trabalho assinada.
Pato Branco é o município que tem melhor desempenho, seguido de Francisco Beltrão (690), Palmas (611), Dois Vizinhos (398) e Ampére com 356 fecha a lista dos cinco maiores geradores de emprego.
Em contrapartida, Bom Sucesso o Sul é o município que tem o pior desempenho do Caged no semestre (-15), seguido de Honório Serpa (-3), Salgado Filho (6), Bela Vista da Caroba (13) e Cruzeiro do Iguaçu (14).
Paraná
O Estado também atingiu um bom resultado no mês de junho, com a criação de 15.858 postos de trabalho com carteira assinada, maior saldo da região Sul e também a quarta posição no País. Foi também o melhor desempenho para o mês nos últimos 11 anos.
“Temos comemorados resultados históricos na geração de empregos a cada período. Tivemos o melhor trimestre, o melhor quadrimestre e agora também o melhor semestre da história do Paraná”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Isso demonstra que o Estado está se recuperando que forte impacto da pandemia na economia, graças à força do nosso setor produtivo e o trabalho intenso do Governo do Estado na atração de investimentos e no auxílio aos trabalhadores”, destaca.
O saldo do semestre se refere à diferença entre as 752.694 admissões e 634.378 desligamentos no período. Já no mês passado, 117.295 pessoas foram contratadas do Paraná, enquanto 101.437 foram demitidas. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo de empregos formais no Estado é de 219.370 vagas.
O Estado acumula saldos positivos na geração de empregos ao longo de todo o ano de 2021. Os 118.316 postos formais abertos nos semestres são a somatória dos meses de janeiro (25.105), fevereiro (41.453), março (10.600), abril (9.773), maio (15.527) e junho (15.858). No mesmo período do ano passado, quando o impacto da pandemia de Covid-19 foi mais forte no setor produtivo, o Estado fechou o semestre com saldo negativo de 49.708.
“Os números do Paraná estão excelentes em relação à empregabilidade. Em junho ficamos atrás, na geração de empregos, de apenas três estados que são bem mais populosos, e fomos o número 1 na região Sul”, salientou o secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.
“Também fomos o estado brasileiro o que mais ofertou vagas através das Agências do Trabalhador, com 90 mil empregos intermediados pelas 216 agências espalhadas pelos municípios”, disse.