Pato Branco tem a única Unidade de Conservação estadual do Sudoeste

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no verão público médio mensal no parque varia de 5 a 15 mil pessoas

Marcilei Rossi com AEN

Neste mês, o Instituto Água e Terra (IAT), lançou o mapa das Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O documento contempla informações sobre as 29 unidades abertas para visitação, com foco no melhor aproveitamento da viagem. A única UC do Sudoeste está localizada em Pato Branco, trata-se do Parque Estadual Vitório Piassa – Parque do Alvorecer.

Há, no mapa, o local exato dos complexos ambientais, rotas de como chegar e os pontos com paradas estruturadas para receber visitantes que planejam acampar, seja pelo modelo tradicional de camping (barracas) ou por meio de motorhomes, veículos adaptados para cozinhar e dormir, reproduzindo uma moradia sobre rodas.

De acordo com o planejamento da Diretoria de Patrimônio Natural do IAT, serão ao todo 12 paradas para motorhome espalhadas pelo Estado. Dessas, duas já estão estruturadas para receber os visitantes: no Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, nos Campos Gerais; e no Parque Estadual São Camilo, em Palotina, na região Oeste. Para quem pretende visitar por meio de motorhome, é necessário cadastro prévio, disponível no site do Instituto.

A proposta integra o Programa Parques Paraná e busca valorizar o patrimônio natural do Estado. Propõe alternativas de desenvolvimento do turismo nas Unidades de Conservação e nas regiões ao entorno por meio de ações conjuntas entre os órgãos do Poder Público e parceiros. O Paraná tem atualmente 71UCs, totalizando uma área de 1.250.235,77 hectares de áreas conservadas.

Foto: Rodinei Santos/Assessoria PMPB

Parque estadual

Muito embora o Parque Estadual Vitório Piassa tenha sido inaugurado a pouco mais de 5 anos, a Unidade de Conservação foi criada em 2009 pelo Decreto no 5169. Ele possuiu área de cerca de 100 hectares de floresta com presença de araucárias nativas. Para a estruturação e indenização da família que o imóvel pertinência, o Estado aportou R$ 10,7 milhões.

Ainda em 2018, foi apresentado o Plano de Manejo do parque. No documento consta o inventário florestal realizado em 2015, quando foram identificadas 250 espécies dentro da UC. No inventário foram relacionadas espécies frutíferas como guabiroba, pitanga, araticum, uvaia e jerivá, também 20 espécies de samambaias que apresentam aparência peculiar.

Além de exemplares de araucária, as árvores mais conhecidas, encontradas são sabugueiro, aroeira-vermelha, costela-de-Adão, jerivá, roseta, Bromélia, angico-branco, bracatinga, tarumã, canela, figueira, carejeira, jabuticaba, chuva-de-ouro, peperomia, erva-de-bicho, avenca, jasmim-do-mato.

Gestão compartilhada

Em agosto de 2013, IAP e Município firmaram convênio para gestão compartilhada da Unidade de Conservação. No convênio estão previstas atribuições para ambas instituições. Dentre as competências do Município estão a disponibilização de funcionários; apoio às pesquisas, conforme norma vigente e o plano de manejo do parque e apoiar o IAP nas suas ações. Ao IAP cabe dar as diretrizes para administração do parque, dar as diretrizes para o plano de manejo, implantar o conselho gestor, entre outros. Além da desapropriação e indenização pelos terrenos que compõem a Unidade de Conservação, o que está sendo anunciado.

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Pato Branco, Matheus Heberle Nichetti em períodos de verão a média de visitação na UC é de 8 a 15 mil pessoas por mês, enquanto que no período de inverno a média mensal flutua de 5 a 10 mil visitantes.

Conforme Nichetti a manutenção do parque é realizada por cinco agentes de apoio. A estrutura conta ainda com apoio de vigias todo tempo, e ainda são realizados convênios para disponibilizam mão de obra para roçadas e conservações frequentes da unidade.

Atrativos

Reprodução do mapa do IAT com as 29 Unidades de Conservação abertas à visitação

No mapa disponibilizado pelo IAT, duas UCs do Paraná aparecem com parada permitida para motorhome, outras dez com parada prevista, como mencionado anteriormente. Questionado sobre a possibilidade de o Parque Estadual Vitório Piassa passar a contar com este suporte a viajantes, Nichetti destacou que “está possibilidade tem de ser verificada com o IAT”, ele também revelou que “ até o momento não temos tratativas referente a isso.”

Nos últimos anos ventilou-se a possibilidade de implantação de um polo astronômico no parque, contribuindo ainda mais em termos de atrativos para a Unidade de Conservação. Questionado sobre o assunto, o secretário declarou que “até o momento não houve tratativas para efetivação do polo astronômico.”

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