Saldo do mês de abril foi de seis postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, resultado só não foi pior do que em dezembro, quando foram fechados 645 postos de trabalho
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Ministério do Trabalho, se mostraram nada otimistas para Pato Branco no mês de abril. No quarto mês do ano, o comparativo entre contratações com carteira assinada e desligamentos, resultou em um saldo positivo de seis postos de trabalho. No primeiro quadrimestre de 2023, o saldo é de 661 e no ano (maio de 2022 a abril de 2023), 1.253.
Com o desempenho, o município ficou atrás de localidades como Coronel Vivida, que no período teve saldo positivo de 17 postos de trabalho, mas que no ano totalizam 68 novas oportunidades de saldo e nos últimos 12 meses 77 e Flor da Serra do Sul, que no mês teve dez contratações de saldo, de janeiro a abril amarga o fechamento de 37 oportunidades de trabalho de saldo e nos últimos 12 meses o saldo negativo é de 20.
Analisando os últimos 12 meses, o desempenho de abril só não foi pior do que dezembro de 2022, quando foram encerrados 645 postos de trabalho.
Desempenho setorial
A construção civil, foi o setor que teve o pior desempenho. Foram demitidos somente neste segmento 105 trabalhadores que tinham carteira assinada, resultado de 151 admissões e 256 desligamentos.
Também teve saldo negativo o setor agropecuário. Foram 45 admissões 46 desligamentos no período.
O setor de serviços, foi o primeiro dos cinco grupos estabelecidos pelos critérios do Caged a ter saldo positivo. Foram 597 contratações e 572 demissões. O saldo positivo foi de 25 postos.
Em seguida figura a indústria, com 477 admissões e 448 demissões, tendo um saldo de 29 postos de trabalho.
Por sua vez, o comércio foi o segmento com melhor desempenho, 58. Fruto de 507 contratações e 449 desligamentos.
Sudoeste
Somando o desempenho dos 42 municípios do Sudoeste, foram criados na região, 392 postos de trabalho. Um dos saldos mais baixos dos últimos tempos.
Mesmo ainda amargando saldo negativo na geração de emprego formal nos últimos 12 meses, Palmas teve o melhor desempenho do mês, entre os municípios do Sudoeste. Foram 118 contratações de saldo, resultado de 625 carteiras assinadas, frente a 507 baixas de registros. Nos quatro primeiros meses de 2023, a Terra da maçã, alcançou saldo positivo de 805 postos de trabalho.
Melhor desempenho de 2023, com 866 postos criados e nos últimos 12 meses, com 1.276 postos de trabalho, Francisco Beltrão ocupou em abril a segunda colocação no ranking de geração de postos de trabalho. Foram 117, portanto, uma a menos que Palmas.
O terceiro melhor desempenho foi de Realeza, com 75 novas oportunidades de trabalho, reflexo de 257 contratações e 182 desligamentos.
Por outro lado, São João teve o pior desempenho na geração de emprego formal. O município teve como saldo o fechamento de 50 postos de trabalho.
Paraná
Com um saldo de geração de 9.429 novos empregos com carteira assinada em abril, o Paraná acumula mais de 54 mil novos postos de trabalho criados no primeiro quadrimestre de 2023.
Este foi o melhor desempenho para o mês de abril dos últimos quatro anos e o terceiro consecutivo de altas. Depois de uma queda expressiva em 2020 devido à pandemia, o Estado registrou crescimento em abril de 2021, com a geração de 9.153 postos de trabalho formal, e em 2022, com a criação de mais 8.925 vagas no mesmo mês.
O setor de serviços foi responsável pela maior alta em abril, com 3.367 vagas criadas, com destaque para os segmentos de administração, educação, saúde, serviços sociais, transporte e armazenagem. A indústria, com 2.611 contratações, o comércio (1.592) e a construção civil (1.536) também obtiveram resultados positivos.
Os dados do Caged também apontam que, até o fim de abril, haviam 2,97 milhões trabalhadores atuando de maneira formal nos 399 municípios paranaenses.
Em todo o Brasil, foram registradas 1,86 milhão de admissões e 1,68 milhão de desligamentos, com um saldo de 180 mil empregos em abril de 2023. Atualmente, o País conta com 43,1 milhões de brasileiros trabalhando com carteira assinada.
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