O Departamento Municipal de Trânsito de Pato Branco (Depatran), está em fase final do processo de implantação de lombadas eletrônicas, como parte de uma ação para redução de acidentes em determinados locais da cidade e promover a melhor fluidez do trânsito.
“A cidade cresceu, a população cresceu, há o risco de acidentes, há uma dificuldade de estacionamento, de circulação. Então o poder público tem obrigação de minimizar essas dificuldades. Muitas vezes você se depara com congestionamento, falta de estacionamento. Então o poder público tem que adotar medidas no sentido de diminuir, minimizar essa dificuldade”, afirma o diretor do Depatran, Robertinho da Luz Dolenga.
O diretor afirmou ainda, que o uso de lombadas eletrônicas é um sistema que, comprovadamente nos municípios em que houve a implantação, apresentou uma redução significativa de acidentes sendo este exatamente o objetivo, aliado à redução do risco potencial de acidentes em alguns locais sensíveis em que forem instaladas. Outra vantagem, citada por Dolenga, é a transposição de pedestres com maior segurança.
Estudos e estatísticas
Para se chegar à conclusão da importância e se determinar os pontos com maior necessidade de lombadas eletrônicas, foram realizados estudos com acompanhamento de dados e estatísticas, que justificariam a adoção dos redutores. “O fato de se decidir pela implantação, tomou por base alguns aspectos, alguns critérios. O primeiro deles é em relação à ocorrência de acidentes, que notadamente alguns acidentes estão relacionados ao excesso de velocidade. Fizemos um estudo, apontamos os locais em que havia uma incidência de acidentes e também em alguns locais, com o risco potencial de ocorrência de acidentes por conta do excesso de velocidade”, destaca.
O estudo apontou 21 pontos, sendo que destes, 6 já contam com equipamentos posicionados, dependendo da finalização do sistema elétrico, fase que foi comprometida nas últimas semanas por conta das chuvas, mas deverão estar em operação durante esta semana. Outras 6 lombadas deverão ser concluídas até o final do ano. As demais serão definidas no próximo ano.
Outro ponto destacado por Dolenga, se trata do período de adaptação da população com os novos equipamentos, sem que ocorra qualquer penalização, enquanto se permite a familiarização dos motoristas e pedestres e a devida orientação pelos agentes. “Eu acredito que na semana que vem nós iniciaremos as operações efetivamente. Só que nós teremos um prazo. Vamos dar um prazo para que a população se familiarize com esse dispositivo e tenha conhecimento”, explica.
Polo Regional
Conforme dados considerados pelo órgão, a população de Pato Branco, acima de 90.000 habitantes, dispõe de uma frota registrada acima de 70.000 veículos. Esses dados demonstram condições atípicas de mobilidade e um considerável risco de ocorrência de acidentes, em um sistema urbano com muitas pessoas circulando, ao mesmo tempo em que dividem espaço com um número proporcionalmente alto de veículos trafegando.
Pato Branco, por outro lado, ainda conforme dados disponibilizados pelo Depatran, é um polo que recebe cerca de 5 a 7 mil pessoas por dia, vindos de cidades vizinhas, por motivos relacionados à demandas no setor de saúde: atendimento médico, consulta, procedimentos ambulatoriais, ou pequenos procedimentos cirúrgicos.
“Por conta desta evolução, deste contexto do trânsito, nós necessitamos utilizar todos os recursos possíveis no sentido de diminuir o número de acidentes, diminuindo o número de feridos mortos e melhorar a condição de trafegabilidade”, conclui.
Dolenga aproveitou para esclarecer a cerca de eventuais desinformações sobre radares e lombadas eletrônicas. No caso do radar se trata de um controlador de velocidade. Ele é utilizado em uma extensão da via para manter a velocidade regulamentar no trecho.
Quando se opta pelo redutor, que vem a ser a lombada eletrônica, se busca diminuir a velocidade que se entende ser necessária naquele ponto. Desta forma, se em uma via com velocidade máxima de 60 km/h, for necessário a velocidade para 40 km/h em frente a uma escola, então se utiliza o dispositivo de lombada eletrônica, que vai reduzir a velocidade naquele ponto.
“A lombada eletrônica, por exemplo, por obrigatoriedade de norma de uma resolução própria que regula a sua implantação, ela deve ter o display, que é o mostrador que exibe a velocidade. Todos os componentes devem estar sinalizados informando o usuário que ali se controla a velocidade. Então são obrigações. O radar já não necessita do display. Ele é um dispositivo parecido como uma câmera, mas uma lombada eletrônica. Obrigatoriamente tem que ter o display, finaliza Dolenga.
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