Redação com Assessoria
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 Horas de Pato Branco zerou todas as ocupações de longa permanência em leitos de enfermaria e UTI, segundo dados apresentados pela Epidemiologia do município na reunião ordinária do Comitê de Enfrentamento da covid-19, na manhã de quinta-feira (22). A última vez que nenhum dos 16 leitos estiveram ocupados para longa permanência foi em janeiro. De acordo com o Comitê, o índice está associado ao avanço da vacinação no município.
O resultado foi obtido a partir da baixa ocupação de leitos, que em fevereiro atingiram 100% e só baixaram agora. De acordo com os dados, ontem (22), a taxa de ocupação em leitos de UTI foi de 50%; em leitos da enfermaria adulto, 64%; na UTI pediátrica, 50%; e na enfermaria pediátrica, 50%.
Com isso, a UPA, que é uma unidade de transição, voltou a sua função inicial, recebendo pacientes que ficam pouco tempo nas alas, e os transferindo rapidamente.
Outro fator que impactou isso foi a queda na taxa de transmissão. Até o momento, a taxa está em 0,10%. Na última semana epidemiológica ela fechou em 0,33% e, na anterior, do dia 4 a 11 de julho, 0,28%: a mais baixa desde o final de abril deste ano.
Vacinação
Neste mesmo período, a ampliação da vacinação para primeira e segunda dose permitiu a melhor proteção da população. No total, o município recebeu 60.221 doses e aplicou 55.646. Dessas, 71,2% foram para primeira dose, 25,5% segunda dose e 3,1% dose única. Isso indica que 54% da população apta a receber a vacina já foi vacinada com a primeira dose e/ou com a dose única e 21% está totalmente imunizada.
Embora nenhuma vacina impeça a pessoa de contrair a doença, ela mostra que a evolução para casos graves é menor do que sem o imunizante. A proteção aumenta mais com a aplicação das duas doses ou com a dose única.
Segunda dose
Durante a reunião, o diretor da Vigilância Sanitária de Pato Branco, Rodrigo Bertol, chamou a atenção para a queda na procura pela segunda dose. Ele fez um apelo para que a população esteja atenta a sua carteira de vacinação para completar o esquema vacinal, uma vez que apenas com as duas doses há a garantia de imunização.
Mais doses
O diretor geral da Secretaria do Estado da Saúde do Paraná (Sesa), Nestor Werner Junior, disse na reunião que “a variante P1 [de Manaus], que chegou em janeiro, veio com mais violência e atingiu mais as pessoas jovens. Com o efeito da vacina, as pessoas mais velhas começaram a deixar o hospital e entraram as mais novas”, destacou.
De acordo com Werner Junior, a previsão é de que até metade de agosto, 80% da população paranaense esteja vacinada com pelo menos a primeira dose. A aceleração para isso é a chegada de 12 milhões de doses da Pfizer no Ministério da Saúde, ainda no mês de julho, que serão divididos entre os estados e, posteriormente, aos municípios.
O quantitativo para o Paraná, de acordo com Werner Junior, é de cerca de 700 mil doses. Além disso, há previsão de mais doses para os meses de agosto e setembro. “A expectativa é que possamos vacinar até 80% da população até 18 anos, no Estado, em agosto; e 100% da população nessa faixa etária até o fim de setembro”.