Após nove meses inativado, moradores do Industrial questionam porque Cmei Criança Feliz não é reformado

Segundo laudo emitido pela Secretaria de Engenharia e Obras de Pato Branco, estrutura do local está condenada

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Desde janeiro deste ano, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Criança Feliz, situado no bairro Industrial, em Pato Branco, não está mais funcionando. Isso porque sua estrutura foi condenada.

Erguido há 39 anos, o local, segundo laudo emitido pela Secretaria Municipal de Engenharia e Obras, encontra-se em nível crítico, uma vez que apresenta “evidências nítidas de problemas estruturais e de durabilidade, apresentando fissuração excessiva, deslocamentos do solo e infiltrações graves”.

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Diante dos problemas, os engenheiros do município recomendaram à Secretaria de Educação e Cultura a inativação da unidade. Assim, todos os 160 alunos do Criança Feliz foram deslocados em outro Cmei. Em acordo com a Associação de Pais e Mestres (APM), a Secretaria de Educação e Cultura alocou parte dessas crianças em um espaço, utilizado como brinquedoteca, na Escola Municipal Olavo Bilac.

Agora, nove meses após a inutilização do local, a Comissão de Licitação de Pato Branco apresentou as empresas habilitadas para reformar e ampliar o atual espaço utilizado pelos alunos — até então provisório.

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A notícia, publicada em Diário Oficial na segunda-feira (25), trouxe dúvidas a alguns moradores do bairro Industrial, que utilizavam a antiga escola para levar seus filhos a aula.

Conforme o presidente do bairro, Walter Luiz Tencini, os moradores questionam porquê não pode reformar a estrutura antiga, inutilizada, em vez de reformar o espaço junto a Escola Municipal Olavo Bilac.

Em resposta, a secretária de Educação e Cultura, Simone Painin, explicou ao Diário do Sudoeste que, ainda em janeiro, em conversa com a APM, ficou decidido que seria reformado a escola.

“No início do ano, quando identificamos isso, chamamos a APM e colocamos toda nossa preocupação. Sugerimos a eles (pais) várias oportunidades e opções, uma delas seria transferir as crianças para outros Cmeis. Mas, eles não quiseram e optaram pela reforma do Olavo Bilac”, contou.

A justificativa para reformar e ampliar o local, até então provisório, é porque o espaço é o mais próximo do bairro que o Município poderia oferecer. “No espaço do Industrial a prefeitura não tem nenhum terreno. Nós temos um no Industrial II, mas os pais optaram no dia da reunião pela reforma [da brinquedoteca utilizada agora para salas de aulas] porque ai ficaria mais perto”.

Situação atual

Hoje, das 160 crianças que frequentavam a antiga estrutura do Cmei Criança Feliz, apenas 59 estão matriculadas na unidade localizada ao lado da Escola Municipal Olavo Bilac.

A reportagem do Diário esteve no local e presenciou uma estrutura pequena, em que as salas de aulas comportam, no máximo, dez alunos e onde a sala dos professores e a secretaria estão no saguão, no mesmo ambiente onde as crianças se alimentam.

Reforma prevista

Por ser uma estrutura pequena, provisória e também com reparos a serem feitos, a Secretaria de Educação e Cultura está em processo final de licitação para ampliar e reformar o local.

A empresa responsável pela obra, avaliada em R$ 339.733,59, deve ser anunciada no próximo dia 4, quando os envelopes devem ser abertos e, a construtora que apresentar o menor preço por lote, ser escolhida.

De acordo com a publicação em Diário Oficial, prevê-se “execução da Reforma e Ampliação da Brinquedoteca e Construção de duas salas de aula no pátio interno da escola municipal Olavo Bilac, localizada na Rua Industrial, nº 200, Bairro Industrial, Pato Branco – PR (com área total de 243,36 m2, sendo 143,87 m2 área de reforma e 102,49 m2 a área de construção”.

Depois de reformada, Simone Painin comenta que a escola poderá atender um número maior de alunos, pois ficará com um total de cinco salas de aulas. Com essa possibilidade poderá passar a atender quantidades semelhantes de alunos que eram recebidos na antiga estrutura do Cmei.

Quanto a reforma do prédio condenado, nem a Secretaria de Educação e Cultura nem a de Engenharia e Obras acreditam ser uma boa opção, visto que o local tem muitos pontos comprometidos e que, a construção de uma nova unidade sairia, muito provável, mais barato.

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