Casos suspeitos de monkeypox são descartados por exames

Na semana passada, o município de Pato Branco entrou em alerta por dois casos suspeitos de varíola dos macacos — monkeypox. Nessa quinta-feira (11), uma semana após que os casos foram apresentados pelo Departamento de Vigilância em Saúde, o próprio setor informou por meio de nota de que “os dois casos suspeitos de monkeypox não foram confirmado no município.”

No comunicado também foi destacado que “atendendo aos critérios para confirmação ou descarte dos casos suspeitos de monkeypox através de exame laboratorial realizado via Lacen [Laboratório Central do Estado do Paraná], informamos que o resultado dos exames foram liberados na tarde desta quinta-feira (11) com resultado negativo.”

Tatiany Zierhut, responsável pelo Setor de Epidemiologia de Pato Branco, disse ao Diário do Sudoeste que um dos pacientes que estava em isolamento, já não mais apresenta nenhuma lesão no corpo desde a quarta-feira (10), no entanto, a pedido do setor de Epidemiologia, ele se manteve isolado até o recebimento do laudo laboratorial.

Já o outro paciente, “já está com as casquinhas caindo. Está quase 100%”, resumiu Tatiany.

Nova investigação

Conforme a enfermeira, juntamente com o exame para averiguação de monkeypox, é encaminhado material para outras investigações como varicela e herpes zoster, dos tipos 1 e 2. “Esta investigação faz parte do protocolo, e o resultado vai demorar um pouco mais para termos o retorno”, explica Tatiany, ao falar que mesmo sem esse segundo laudo, os dois pacientes estão liberados do isolamento.

Também de acordo com Tatiany não houveram outros casos que foram investigados pela Secretaria de Saúde de Pato Branco.

Protocolo

Desde o início da investigação dos dois casos, em 4 de agosto, o Setor de Epidemiologia implantou o protocolo estabelecido pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), por meio da Nota Orientativa 01/2022, de 8 de julho de 2022, que estabelece fluxo assistencial para os casos suspeitos/ confirmados de monkeypox. 

De acordo com Tatiany neste momento o Município está desenvolvendo o Plano de Contingência. Ainda na primeira fase, a que estabeleceu o fluxo assistencial, os profissionais de hospitais, de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foram treinados. “Se chegar de acontecer outros casos, nós já estamos bem cientes do que devemos fazer”, declarou.

Para Tatiany mesmo em meio a toda a apreensão da possibilidade de confirmação de caso de varíola dos macacos no município, é possível observar o momento com positividade, uma vez que o Município se preparou para uma eventual confirmação. “Sabemos que a qualquer momento pode chegar pacientes suspeitos pela facilidade de circulação e de proliferação de doenças”, disse a enfermeira falando que é preciso estar preparado, mesmo que o que aconteceu em Pato Branco tenha sido “no susto”.

Cuidados

Tatiany aproveitou para reforçar os cuidados para evitar a contaminação por varíola dos macacos, o que engloba a utilização de máscara, álcool em gel para higienização das mãos, e que em tendo contato com alguma pessoa suspeita, e apresente qualquer sinto, procurar o sistema de saúde.

Tatiany Zierhut, responsável pelo Setor de Epidemiologia de Pato Branco

Como ocorre a transmissão?

A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato. Esse contato acontece por pele/pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado que você tenha contato. Por isso, é extremamente importante pensarmos que, uma vez que o paciente está infectado, com o diagnóstico laboratorial concluído, esse paciente fique em isolamento e que todo seu material de roupa de cama, roupas, lençóis e objetos pessoais passem por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão.

Quais são os principais sintomas?

A doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa. O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços conhecidos como ínguas), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital.

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