Deixa Aqui: programa quer estimular a destinação responsável do Imposto de Renda

A renúncia fiscal é uma forma de contribuir para a realização de projetos localmente

A renúncia fiscal é uma alternativa encontrada para fazer com que projetos sociais ganhem fôlego. No caso de Pato Branco, nessa quinta-feira (8) foi lançado o projeto Deixa Aqui. Uma iniciativa, que busca a destinação de recursos para o terceiro setor e amparar as instituições beneficentes por meio da destinação responsável do Imposto de Renda.

Em outras palavras, a campanha busca conscientizar a população para, literalmente, deixar em Pato Branco o dinheiro que poderá assistir as entidades locais e favorecer a parcela da sociedade que se encontra em vulnerabilidade social.

Os valores são conduzidos aos fundos municipais da Pessoa Idosa e dos Direitos da Criança e do Adolescente, que são geridos por conselhos formados por membros da sociedade civil e representantes do Poder Público.

O Deixe Aqui, é uma união de forças da Secretaria de Assistência Social, Comitê Gestor Cidade Amiga do Idoso, do Instituto Regional de Desenvolvimento Econômico (Irdes), Sindicato das Empresas Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (SESCAP-PR) e Conselho Regional de Contabilidade do Paraná.

O montante arrecadado é, por lei, exclusivamente direcionado ao terceiro setor e pode ser transformador para incentivar as instituições pato-branquenses.

“É imprescindível a atuação dos profissionais de contabilidade, da imprensa e de toda comunidade como vetores de multiplicação dessa ideia. O objetivo é conscientizar o contribuinte de manter o recurso aqui para beneficiar os cidadãos que mais necessitam”, explica a Secretária de Assistência Social, Luana Varaschim Perin.

Luana também destaca que a destinação responsável dos recursos do imposto de renda, para o terceiro setor “é a transformação do território, uma vez que de fato os recursos vão para os fundos municipais, que repassam para as entidades localmente”.

Luana lembra que para as entidades receberem os recursos, elas devem apresentar planos de ação, o que comprova a atuação e o impacto. “É um recurso que tem como objetivo chegar de fato na ponta e atender os mais necessitados do município, mas de fato, tem um potencial transformador como poucos, uma vez que permite a entidade uma liberdade maior, uma vez que possibilita a apresentação de projetos que são melhores compreendidos localmente.”

A secretária destaca, que com recursos provenientes de repasses do imposto de renda, o fundo do idoso conseguiu amparar o Lar dos Idosos São Francisco de Assis, a Apae e uma nova ala hospitalar, totalmente voltada a idosos, para o atendimento social, por sua vez, o fundo da criança e do adolescente está com o edital aberto para a inscrição de projetos, que variam em propostas, como estudo de línguas, esporte e oficinas.

“Depende de todos nós e de nossa capacidade de propagação. Muitas vezes as entidades precisam de um fôlego extra para continuar atendendo a fazendo seu trabalho de grande impacto social”, completa Luana.

Ação

O propósito é aumentar a arrecadação para esses fins, já que Pato Branco tem potencial para alcançar mais de R$ 6 milhões e partir da dedução do imposto de renda de pessoa física. Atualmente a quantia não tem ultrapassado os R$ 110 mil.

Adilson Fernando Riette diretor regional do Sescap-PR, lembra que o contribuinte pode doar 6% durante o ano, do imposto de renda do ano seguinte, ou deduzir 3% no ano corrente da entrega da declaração. “Muitos contribuintes acreditam que é somente quando se tem o imposto devido, que se pode fazer a doação, no entanto, em casos de restituição de imposto de renda, também é possível fazer a doação parcial”, comentou.

Riette também recordou que a declaração do Imposto de Renda inicia em março, o que torna importante a procurara do profissional que vai realizar a declaração o mais breve possível.

A presidente do Irdes, Rosana Demétrio Costa afirmou que a iniciativa que a entidade abraça, não é uma novidade em termos de ação para conscientizar a população em reter os recursos do Imposto de Renda, uma vez que as ações pensadas também seguem o modelo adotado por Toledo, que já colhe bons resultados.  “A ideia é deixar em Pato Branco os recursos. Deixar nosso Imposto de Renda, nossas riquezas na nossa cidade, e o melhor de tudo contribuir com as nossas entidades.”

Diretor do Irdes, Marcelo Dale Teze lembra que “muito dinheiro nosso vai embora e dificilmente volta.”

*Com assessoria

você pode gostar também

Comentários estão fechados.