Ex-jogador Giba participou de Feira Inventum e falou sobre carreira e vida pessoal

Gilberto Amauri Godoy Filho, o Giba, um dos maiores nomes do voleibol mundial, foi uma das atrações nesta quinta-feira, 6, na 5a Feira Inventum no Parque de Exposições Astério Rigon. O atleta campeão Olímpico de voleibol realizou uma aguardada palestra sobre “Inovação nos Esportes”.

Antes da palestra, o atleta recebeu fãs e atendeu a imprensa, expressando opiniões e compartilhando detalhes de sua carreira e vida pessoal.

Nascido em uma família de esportistas, Giba recebeu desde cedo o incentivo para praticar esportes. “Meu pai jogava futebol de salão em Londrina e sempre me incentivou a estar no esporte, qualquer um deles. Joguei basquete, natação, tênis, mas quando me encontrei no vôlei, realmente me apaixonei.”

Inspiração

Ele enfatiza a importância do exemplo e da inspiração. “Mudei a vida das pessoas depois que me tornei o Giba. Deixei de ser o São Gilberto lá de trás e passei a inspirar outros. Esse impacto que todos podemos ter através do esporte é enorme.”

Ao comentar sobre a nova geração de atletas, Giba destacou a importância da troca de informações e convivência entre os atletas jovens e veteranos. “Treinávamos em Minas Gerais, e a seleção adulta no Rio. Quando o Centro de Treinamento de Voleibol em Saquarema foi criado, todos passaram a treinar juntos. As crianças nos assistiam e replicavam o que fazíamos. Essa convivência é fundamental para o crescimento das novas gerações.”

Incentivo ao esporte e ciclo olímpico

Durante uma visita a Pato Branco, Giba elogiou as iniciativas locais para incentivar o esporte. “São 32 modalidades olímpicas disponíveis para as crianças escolherem o que querem fazer. Tudo começa na escola, e o apoio do município é crucial. O incentivo é vital para a formação das crianças.”

Giba expressou preocupação com a base do voleibol brasileiro. “Estamos enfrentando problemas nas categorias de base. É essencial recolocar jogadores em nível de seleção adulta, mas precisamos de investimento na base para evitar dificuldades futuras.”

Sobre o ciclo olímpico atual, Giba é otimista. “A seleção, tanto masculina quanto feminina continuam entre as cinco melhores do mundo. Hoje, não há mais a hegemonia de uma única equipe, mas uma alternância entre Brasil, EUA, Sérvia, e França. Estou orgulhoso de ver os novos talentos chegando bem preparados.”

Giba também relembrou a geração de ouro do voleibol brasileiro. “Se pudesse montar uma seleção dos sonhos, seria a olímpica de 2004. Ganhamos 39 de 45 campeonatos, uma geração incomparável. Foi um privilégio fazer parte desse time.”

Leucemia na infância

Por fim, o atleta, que está inserido no Hall da Fama do vôlei, refletiu sobre sua jornada e com a superação da leucemia e o esporte contribuíram na sua formação. Segundo ele, a experiência serviu como uma mola propulsora para sua carreira. Foi um processo de aprendizagem intenso que contribuiu significativamente para sua formação como atleta. “É complicado falar sobre esse ponto, pois a doença apareceu quando eu tinha apenas quatro meses. Começar a jogar um pouco mais tarde foi necessário, mas o esporte me deu uma força enorme para esquecer os problemas, os exames e focar nos treinos e nos jogos”, disse Giba.

Giba segue como um embaixador e diretor da Fundação Internacional do Voleibol- FIVB, contribuindo para o desenvolvimento do esporte globalmente e inspirando novas gerações a alcançar seus sonhos.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.