Fórum técnico debate o sistema de plantio direto

Programação do evento segue nesta quinta-feira (19)
(Foto: Nelson da Luz Junior/Diário do Sudoeste)

Começou nesta quarta-feira (18) a programação do Fórum Técnico Sobre Plantio Direto na Palha 2021. O evento segue sendo realizado nesta quinta-feira (19), na Sociedade Rural de Pato Branco. Promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pato Branco (AEAPB), em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), o fórum está promovendo uma série de palestras com engenheiros agrônomos e outros profissionais das ciências agrárias, a respeito de tecnologias e práticas de plantio direto. O evento conta com a parceria e o patrocínio de diversas entidades.

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De acordo com Edson Silveira, presidente da AEAPB, apesar de ser uma tecnologia com pelo menos 50 anos de existência, o plantio direto é um tema que ele considera sempre atual. “É uma forma de conservar o solo, de redução de custos, de utilização sustentável do solo, de insumos, além do desenvolvimento de máquinas, de sementes. A conservação do solo, a cobertura do solo, tudo isso torna a atividade agrícola mais sustentável”, lista o presidente da associação, sobre as características e benefícios do sistema.

Segundo ele, o objetivo do evento é trazer conhecimento e promover debates a respeito do tema entre agricultores, estudantes, demais interessados no assunto, mas principalmente entre os engenheiros agrônomos. “Ele é mais voltado ao sistema profissional, as equipes técnicas. O objetivo é trazer mais conhecimento que possa melhorar a capacitação do pessoal que está trabalhando no campo”, afirma Silveira, acrescentando que os profissionais agrônomos replicam o conhecimento a respeito deste e de outros temas em sua atividade cotidiana.

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Os interessados em participar do evento nesta quinta-feira (19) podem realizar suas inscrições por meio do site agroinformativo.com, ou no local do evento.

Um dos participantes desta quarta foi o engenheiro agrônomo Paulo Cesar Conceição, representante da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Dois Vizinhos, que abordou a construção da fertilidade do solo, com ênfase nas plantas de cobertura e rotação de culturas. “Na minha concepção, nos últimos 20 anos nós estamos vivenciando uma retomada do sistema plantio direto, e as plantas de cobertura são um dos pilares básicos pela questão da adição de biomassa. E a rotação de cultura é o outro pilar básico”, explica o profissional.

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Segundo ele, é importante que os produtores tenham consciência que trabalhar com cobertura e rotação de culturas é um investimento. “É um investimento de longo prazo. É necessário pensar em um ciclo de, pelo menos, cinco anos em diante”, diz o agrônomo.

Ele diz ainda que o solo tem memória. “Ainda que não tenhamos isso muito claro, principalmente enquanto produtores, mas o solo armazena as informações a cada ano daquilo que nós fazemos de forma positiva ou de forma negativa. E isso vai gerar reflexos de médio e longo prazo. Então se queremos uma agricultura forte, se queremos trabalhar com uma agricultura sustentável, temos que compreender que o manejo do solo é fundamental para a construção da produtividade”, detalha.

Produtividade

O plantio direto também é uma forma de aumentar a produção de alimentos sem necessariamente ampliar as áreas de cultivo. É o que explica o engenheiro agrônomo Ricardo Ralisch, representante da Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Se fala muito em expandir nossa atividade agropecuária, para alimentarmos a população do mundo que está crescente, nós temos muito potencial. Só otimizando o sistema plantio direto a gente aumenta 40% da nossa produção global”, detalha.

Segundo ele, dessa forma é possível produzir com sustentabilidade, preservando a natureza, algo que também contribui para a produtividade.

Apesar do potencial do sistema, ele afirma que há desafios. “O plantio direto é complexo, precisa de um bom comprometimento dos agricultores. Mas os benefícios são tão grandes, e coletivos, que nos parece importante que a sociedade se envolva nessa viabilidade do sistema plantio direto. Isso não pode ser uma questão só individual, dos agricultores”, diz o profissional.

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