Pato a Jato é tetracampeã brasileira de competição de eficiência energética

Na quinta edição da Shell Eco-marathon Brasil, equipe de Pato Branco venceu pela quarta vez na categoria motor a combustão interna (etanol), eficiência de 619km/l

Na 5ª edição da Shell Eco-marathon Brasil, a Pato a Jato, equipe composta por estudantes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) de Pato Branco, conquistou o tetracampeonato na categoria motor a combustão interna (etanol), com 619km/l.

A competição, que é reconhecidamente uma das maiores em termos acadêmicos de eficiência energética do mundo, foi realizada ente os dias 22 a 25 deste mês, no Pier Mauá, Rio de Janeiro, e contou com 30 equipes do Brasil e das Américas.

Fernando Barbosa, capitão da Pato a Jato na competição afirma que mais do que os momentos de competição, a equipe se fortalece no trabalho que a antecede. “Mais importante do que a competição, é todo o trabalho anterior a ela. Como a equipe trabalha durante todo o ano, como a equipe se estrutura até chegar no dia da competição e estar com o carro pronto para competir, bater meta, recorde, ter uma quilometragem boa e ser eficiente”, comenta o universitário

Barbosa também destaca que o trabalho de equipe impacta diretamente na vida dos estudantes que integram a Pato a Jato. “Não preparamos a carro para a competição, preparamos as pessoas, capacitando elas, trazendo para o mercado de trabalho. Isso é um trabalho além da faculdade, que é onde temos toda uma parte teórica, que é muito grande, e, as vezes não conseguimos aplicar todo esse conhecimento na prática realmente, e isso a equipe faz com maestria.”

Mencionando a magnitude da competição, Barbosa reflete que “ter resultados expressivos nessa competição é extremamente legal, extremamente interessante, importante para a gente e é um orgulho imenso para nós, acredito que seja também um orgulho imenso para Pato Branco”.

Da competição que iniciou em 2016, ano que a equipe pato-branquense não conseguiu competir, os títulos se acumulam ano após ano, de 2017 a 2022, com um intervalo de dois anos sem as provas devido a pandemia de covid-19.

E, se os feitos são positivos e motivos de comemoração, também elevam a responsabilidade dos universitários. “Tem uma bagagem muito grande e isso também leva o nível da equipe a um outro patamar. Precisamos trabalhar sempre para estar no máximo de eficiência, ter uma equipe engajada o tempo todo, para que possa estabelecer projetos dentro da equipe que vão realmente fazer diferença, e que vão sempre levar a equipe a um nível maior”, pontua Barbosa resumindo o trabalho da equipe deste ciclo como excepcional.

Crédito: Shell Eco-marathon Brasil/Divulgação

Pandemia

Como mencionado, a pandemia de covid-19 impediu a realização da eficiência energética nos anos de 2020 e 2021, o que também refletiu no trabalho de desenvolvimento do veículo por parte da equipe.

Conforme o capitão, por se tratar de uma equipe universitária, e com reestruturação constante, “o conhecimento que se tinha do carro, que é empírico, passado de geração em geração, a respeito de montagem, de algumas peças, de fabricação e processos, isso se perdeu durante a pandemia de certa forma porque não tinha a possibilidade do contato humano que é tão importante para esse tipo de situação.”

Por outro lado, Barbosa revela que durante a pandemia o trabalho se concentrou em estratégias de melhorias do projeto do carro, e somente no início deste ano, é que de fato o carro passou a ser testado, em um processo de recomeço.

Competição mundial

Com a conquista no Brasil, a Pato a Jato está credenciada para a fase internacional, que muito provavelmente será em Indianapolis, nos Estados Unidos, em abril de 2023.

Até carimbarem o passaporte para o que deve ser a sexta participação da Pato a Jato na competição internacional, os universitários terão um tempo de preparação e ajustes do veículo, uma vez que as condições do Rio de Janeiro e Indianápolis são diferentes. “O clima é diferente, isso interfere na combustão, mas estamos preparados. Sabemos como trabalhar esse carro para rodar e performar muito bem. A expectativa para lá é gigante, a gente trabalha o carro para poder competir internacionalmente, então temos uma expectativa grande para ir lá, arrasar e trazer esse troféu para o Brasil, é o que a gente quer para o Brasil e para Pato Branco.”

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