Projeto ‘Tijolo Ecológico’ beneficia primeiras famílias que viviam em áreas irregulares

A Prefeitura de Pato Branco realizou nesta quinta-feira, 9, a entrega das primeiras unidades habitacionais do projeto ‘Tijolo Ecológico’, o Residencial Canan. As novas moradias são parte de uma iniciativa que visa promover a sustentabilidade e inclusão social, construindo casas populares utilizando tijolos produzidos dentro do próprio projeto. Isso tornou-se possível graças à recente aquisição de uma máquina de fabricação de tijolos pela Prefeitura, o que promete reduzir custos e acelerar as obras.

O foco do projeto é auxiliar famílias que enfrentam graves desafios socioeconômicos, proporcionando-lhes moradias próximas a serviços essenciais como escolas, creches, postos de saúde, água, luz e esgoto. Uma parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado permitiu que uma equipe formada por 8 apenados do sistema prisional, benficiados por bom comportamento, trabalhasse na execução das obras.

Durante a cerimônia estiveram presentes a secretária de Assistência Social, Cleuza Chioquetta, o professor Moacir Gregolin, então diretor do Departamento de Habitação, o prefeito Robson Cantu, as famílias contempladas, autoridades municipais e o representante da servidora Cristiane Canan, seu filho Cauê Canan. Cristiane foi uma das idealizadoras do projeto de construção das casas com tijolos ecológicos, sendo homenageada pelo nome do residencial, em reconhecimento ao seu trabalho e pesquisa que levaram à aquisição da máquina. Cristiane Canan faleceu vítima de dengue em 2022.

O projeto nasceu da constatação de premente necessidade das famílias que vivem em áreas precárias e em situação de risco no município. A partir daí, teve início o processo de regularização documental afim de atender essas famílias e a construção da moradia, bem como a viabilização da fabricação dos tijolos em máquina do próprio município. Ainda conforme a Prefeitura, a entrega dessas unidades habitacionais é parte de um projeto mais amplo que busca promover a sustentabilidade e a inclusão social, envolvendo as famílias beneficiadas em todo o processo de construção de suas próprias residências.

“Essas famílias estavam em uma área de invasão, não tinham condições mínimas de moradia. Embaixo de lona, de chão batido, não tinham luz, em condições subumanas. A partir daí, viabilizamos esse projeto com apoio de muitas mãos do bem, que contribuíram para que essas casas fossem construídas”, sublinhou Moacir Gregolin, destacando ainda a satisfação de concluir a entrega das moradias. “E hoje, realizando esse sonho, de colocar seis famílias em um lar decente. E na sequência outras famílias que também estavam em áreas de invasão também vão receber suas residências”, disse Gregolin.

A secretária de Assistência Social, Cleuza Chioquetta, enfatizou o amplo benefício social possível por meio do programa, e o impacto na vida de famílias que enfrentam realidades desafiadoras de vida e moradia. “Hoje não apenas entregamos casas, mas sim realizamos sonhos. Sonhos que por tanto tempo foram abraçados pela incerteza, pela insegurança e pela vulnerabilidade. Aqui, neste espaço que agora chamamos de lar, encontramos algo que vai muito além das paredes e do teto que abrigam. Aqui encontramos amor, encontramos dignidade, encontramos a possibilidade de recomeço. Essas paredes são apenas tijolos e argamassa. São alicerces de uma nova vida. São testemunhas de histórias de superação e perseverança. Quando olho para cada uma dessas famílias aqui, não vejo apenas beneficiários de um programa social. Vejo lutadores, vejo guerreiras que nunca desistiram de acreditar em um futuro melhor”, concluiu Cleuza.

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