Sequência de dias com aeroporto fechado para pousos e decolagens, é explicada por gestores

Desde a retomada das operações comerciais regulares, oito operações não foram completadas no Aeroporto Regional de Pato Branco

Nos últimos dias, devido a condições climáticas a aeronave que faz a linha Curitiba a Pato Branco, não conseguiu pousar e decolar do Aeroporto Regional Juvenal Loureiro Cardoso, em Pato Branco.

Após uma série de reclamações da população, nessa quarta-feira (13), foi realizada uma coletiva de imprensa para alguns esclarecimentos referente aos alternados (direcionados) para outros aeroportos, ou cancelados.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Colla os direcionamentos dos voos para outros aeroportos se intensificaram após 21 de março, “causando transtornos paras os usuários”.

Colla ponderou a existência fatores controláveis e os incontroláveis na situação do transporte aéreo.

Elenice Catafesta Smiderle, do Departamento de Transporte Aéreo de Pato Branco revelou que desde que foram retomados os voos regulares no município, foram 50 embarques com destino a Pato Branco, deste total, oito não pousaram, sete por questões meteorológicas do aeroporto e uma por manutenção de aeronave por parte da companhia aérea. “Contando o total de operações e comparando com os cancelamentos, o índice é relativamente baixo”, pontuou Elenice.

Hammer Schimidt, responsável pela empresa que presta consultoria ao Aeroporto de Pato Branco, avaliou que “temos que entender que temos uma estrutura aeroportuária preparada para receber a aviação comercial, de uma forma pré-estabelecida e ajustada com a companhia aérea e com as autoridades aeronáuticas”.

Ele lembrou que o trabalho feito nos últimos anos, de adequação do aeroporto, permitiu a implantação de uma linha área comercial. “Estamos operando com uma aeronave de médio porte, em um aeroporto que deveria operar aeronaves de pequeno porte”, lembrou Hammer pontuando que para isso o acontecesse uma série de tratativas foram cumpridas para que a companhia aceitasse operar com essas condições.

O consultor também revelou que em razão desta demanda de voos alternados e de uma demanda da própria Azul que quer aumentar a operação, solicitamos à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mais um desvio (autorização especial), com uma série de procedimentos, possa operar o ART, com procedimento de instrumento completo, uma vez que as operações atuais são de modo incompleto, por existir uma restrição, que é atribuída a limitação atual de faixa de segurança do aeroporto. “Isso vai ser corrigido na próxima fase, onde vamos alargar as áreas de segurança, implantar um novo terminal de passageiros e um novo pátio de estacionamento”, explicou Hammer falando em processos.

Papi

Com o direcionamento dos voos a outros aeroportos, ou até mesmo retornando para Curitiba, a população passou a questionar a utilização do Papi (Precision Approach Path Indicator, em português Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão), que no passado recente, teve a atuação de empresários e entidades para a captação de recursos para o projeto executivo, que é analisado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), no caso de Pato Branco, a unidade de Curitiba.

Colla recordou que o equipamento foi uma exigência da companhia para que as operações ocorressem em Pato Branco, e que os trâmites legais foram seguidos.

Ele revelou também que nesta semana, esteve no Cindacta II, juntamente com Elenice em reunião com o comando geral do centro para saber do andamento da análise do projeto. “Sem esse projeto executivo, o Município não pode fazer absolutamente nada”, declarou.

Ao mesmo tempo em que Colla explicou como está o andamento do processo junto ao Cindacta II, Hammer esclareceu que o “estamos instalando o Papi, porque na nossa análise de riscos achamos que interessava termos o Papi para atender a demanda da Azul, aumentar a segurança e termos voos noturnos.”

Obra do aeroporto

Durante a coletiva também foi comentada a obra de ampliação da obra do aeroporto de Pato Branco.

Segundo Colla, estão sendo seguidos os trâmites de licitação, primeiramente dos projetos complementares, que ocorreram na semana passada.  “Com base nos projetos, há um encaminhamento da licitação obra”, disse o secretário falando em um novo processo licitatório, mas que o desejo do Município é de que inicie até o final do ano.

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