
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu nesta quarta-feira (30) bloqueios de bens e contas bancárias de investigados por participação em um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação ocorreu em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, e é um desdobramento de um inquérito que apura crimes de associação para o tráfico e movimentação financeira ilícita.
Entre os bens bloqueados está uma residência de alto padrão avaliada em R$ 3,2 milhões, localizada em um condomínio fechado na região da Vila A.
Esquema milionário e prisões
De acordo com as investigações, a organização criminosa movimentou R$ 14 milhões de origem ilícita em um período de um ano e meio, utilizando negócios de fachada e imóveis de luxo para ocultar os ganhos.
Até o momento, três homens, com idades entre 32 e 49 anos, foram presos. A primeira prisão ocorreu em 28 de maio, quando um suspeito foi flagrado com 807 quilos de maconha escondidos sob uma carga de farinha de trigo, na BR-277, em São Miguel do Iguaçu. A apreensão contou com o auxílio de um cão farejador da PCPR.
Em 12 de junho, outra abordagem na BR-277, em Matelândia, resultou na apreensão de 8,45 quilos de maconha do tipo capulho em um veículo com placas paraguaias. O motorista foi preso em flagrante.
A terceira prisão aconteceu em 30 de junho, por mandado judicial, quando a polícia também apreendeu dois veículos.
Estrutura criminosa e estratégias
Segundo o delegado Rodrigo Colombelli, o grupo agia de forma estruturada, utilizando rotas estratégicas para tentar escapar da fiscalização nas rodovias da região de fronteira.
“Identificamos movimentações financeiras sem lastro legal, evidenciando uma estrutura empresarial para dar aparência de legalidade ao dinheiro do tráfico”, explicou.
Próximos passos
Com os bloqueios realizados, a PCPR segue investigando para concluir o inquérito policial e responsabilizar todos os envolvidos.
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