PCPR prende dupla por abuso infantil em Curitiba

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu em flagrante dois homens, de 27 e 47 anos, na manhã de sábado (15), no bairro Boa Vista, em Curitiba, pelos crimes de aliciamento e abuso sexual de menores.

A ação policial ocorreu após quatro meses de investigação, que revelou o envolvimento da dupla no aliciamento de famílias carentes em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, para fins de abuso sexual.

Durante o flagrante, o homem de 47 anos foi encontrado dormindo ao lado de uma criança de 7 anos, enquanto o suspeito mais jovem estava acompanhado de um adolescente de 13 anos. Conforme apuração da Polícia Civil, as vítimas são próximas — a criança é sobrinho do adolescente.

Dinâmica do aliciamento e apreensão de provas

Os suspeitos ofereciam ajuda financeira, realizavam compras, distribuíam presentes e levavam crianças para passeios em shoppings, lanchonetes e boliches, buscando criar laços de confiança com as famílias.

Em seguida, levavam as vítimas para sua residência nos finais de semana. Na operação de busca e apreensão foram recolhidos celulares, notebooks e HDs, que serão periciados para fortalecer o inquérito.

Reincidência e confirmação dos crimes

O suspeito mais velho já havia sido preso por crimes semelhantes em 2013. À época, o coautor e hoje cúmplice teria sido uma das vítimas. Segundo investigações, ambos passaram a atuar juntos no aliciamento e abuso.

A escuta especializada realizada com o menor de 7 anos, conduzida por psicólogo, confirmou os abusos e a produção de conteúdo envolvendo as vítimas.

Paraná tem mais de 26 mil vagas de emprego abertas

Manipulação e dependência financeira

Em depoimento, a mãe da criança relatou suspeitar dos abusos após o filho mencionar toques íntimos durante o banho. Já a mãe do adolescente admitiu ter mentido sobre a frequência das visitas da dupla e revelou ter recebido empréstimos nunca cobrados, evidenciando manipulação financeira dos autores.

Os suspeitos foram encaminhados pela Polícia Civil ao sistema penitenciário e seguem à disposição da Justiça.