
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu em flagrante, nesta segunda-feira (7 de abril de 2025), um fisioterapeuta de 38 anos no Centro de Curitiba, acusado de falsificação de medicamentos, armazenamento e venda de produtos impróprios para consumo, além de exercício ilegal da medicina. A operação contou com o apoio de fiscais da Vigilância Sanitária da capital e resultou na interdição do consultório de fisioterapia pélvica onde o suspeito atuava.
Irregularidades
Durante a ação, foram constatadas diversas infrações no estabelecimento. Entre as irregularidades, destacam-se o transporte de materiais descartáveis, como seringas e agulhas, em uma mochila, o armazenamento de botox sem refrigeração e sem nota fiscal, e o descarte de lixo hospitalar em resíduos comuns. Além disso, foram apreendidos produtos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), incluindo cânulas, ácido hialurônico e anestésicos, além de materiais vencidos, frascos sem identificação e hialuronidase manipulada para preenchimento intradérmico, uso proibido para essa finalidade.
A delegada Aline Manzatto, responsável pelo caso, informou que a investigação teve início após a denúncia de um paciente que sofreu necrose em uma área do corpo após um procedimento de harmonização facial realizado pelo fisioterapeuta. “O suspeito promovia seus serviços em redes sociais, onde possui mais de 10 mil seguidores, e em um aplicativo de mensagens com 2 mil contatos, exibindo cirurgias íntimas que realizava. Ele atuava não apenas em Curitiba, mas também em Balneário Camboriú, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas”, detalhou.
O fisioterapeuta foi autuado em flagrante por falsificação de medicamentos, armazenamento e comercialização de produtos impróprios, e exercício ilegal da medicina. Somadas, as penas pelos crimes podem chegar a 22 anos de prisão. Após a prisão, ele foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde aguardará julgamento.
A ação reflete o esforço da PCPR e da Vigilância Sanitária no combate a práticas ilegais que colocam em risco a saúde pública. Casos de profissionais não qualificados oferecendo procedimentos estéticos têm crescido, muitas vezes impulsionados pela visibilidade nas redes sociais. A Anvisa regula rigorosamente o uso de substâncias como botox e ácido hialurônico, exigindo registro e condições adequadas de armazenamento para garantir a segurança dos pacientes.
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