“Não é fato novo que o senhor ministro do Meio Ambiente privilegia o lucro do setor privado em detrimento do meio ambiente”, diz o documento, assinado pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Os crimes que Salles teria cometido, segundo a notícia-crime, são os de advocacia administrativa – quando um servidor patrocina interesse privado em detrimento da administração pública. Além disso, o partido considera que ele teria dificultado a fiscalização ambiental e participado de organização criminosa.
“Aponta-se uma permuta de terras do Estado do Pará estaria ocorrendo na floresta, no que o ministro do Meio Ambiente, em vez de apoiar o poder fiscalizatório, aliou-se às organizações criminosas, de modo a dificultar a ação de fiscalização ambiental”, diz o documento.
“No caso em apreço, o ministro do Meio Ambiente utiliza-se dos cargos que ocupa para a consecução de interesses privados. A estrutura consubstanciada na mixórdia do interesse privado sobre o público perpassa pelos fatos de empreender esforços na defesa dos investigados no âmbito de operação da Polícia Federal e no expediente de embaraçar os atos investigativos, o que evidencia atuação parcial e tendenciosa na condução da pasta.”
Lupi menciona que nesta quarta, 14, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, foi exonerado do cargo pelo diretor-geral do órgão, Paulo Maiurino, após apresentar ao STF uma outra notícia-crime contra Salles com teor bastante semelhante.
“Nesse passo, denota-se que o Ministério do Meio Ambiente está sendo utilizado pelo para satisfazer os interesses pessoais e empresariais. Para tanto, o senhor Ricardo Salles vale-se do cargo que ocupa para obstaculizar as investigações e proteger o empresariado que angaria lucro com a destruição do meio ambiente”, afirmou.
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