Segundo Luis Miranda, ele levou a denúncia de irregularidades no contrato da compra da vacina Covaxin ao presidente, que citou Barros como o responsável pelas negociações. Desde a denúncia, Bolsonaro tem sido cobrado a defender enfaticamente seu líder de governo, que mesmo com as acusações, continuou exercendo seu cargo. O presidente justificou que não poderia afastar Barros baseado somente em denúncias.
“Não posso ter certeza, mas tenho convicção, pelo que conheço Ricardo Barros, de que nesse caso específico da vacina, onde a CPI me acusa sem ter comprado uma dose, sem ter pago um real, acho que ele vai se sair bem”, declarou o chefe do Executivo à Rádio Jovem Pan Maringá – PR. Conforme avalia, Barros é um “deputado experiente e vai lá explicar o que aconteceu”.
Diante das acusações de Miranda de fraude nas negociações da vacina Covaxin, Bolsonaro defendeu que tomou providência, uma vez que o governo não comprou uma dose do imunizante. “(Miranda) Esperou quatro meses pra falar, agora começa a me jogar contra o Ricardo Barros”, afirmou, e emendou: “Sigo quieto”. Segundo Bolsonaro, se ele fizer um levantamento da ficha de todas as pessoas que falam com ele, “vou deixar de conversar com muita gente”. Miranda tem a sua trajetória marcada por polêmicas envolvendo seus negócios e por uma atuação ligada à base governista do Congresso.
Sobre a decisão da CPI de indiciar Bolsonaro por charlatanismo, após o chefe do Planalto incentivar o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus, o presidente rebateu as acusações. “A CPI não tem o que me acusar e vão me acusar agora de charlatanismo e curandeirismo”, disse, rindo.
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