A 94ª edição será realizada no dia 27 de março de 2022, um mês após a data prevista, e retornará ao seu local habitual, o Dolby Theatre, em Hollywood.
Depois que a audiência caiu no incomum Oscar deste ano, que aconteceu em uma estação de trem de Los Angeles por causa da covid-19, o adiamento evita que a cerimônia seja realizada muito perto da data de eventos como o Super Bowl e os Jogos Olímpicos de Inverno.
O maior evento do futebol americano acontecerá em Los Angeles no próximo ano, em 13 de fevereiro, enquanto a competição mundial de esportes de inverno será realizada em Pequim, de 4 a 20 de fevereiro.
Mas o impacto do coronavírus, que transformou a última temporada de premiações de Hollywood, com cinemas fechados, o atraso de dezenas de filmes importantes e muitas cerimônias obrigadas a serem feitas pela internet, continuará presente no próximo Oscar.
Tradicionalmente, a Academia exige pelo menos sete dias de exibição nos cinemas de Los Angeles para que os filmes sejam elegíveis ao principal prêmio da indústria.
Com as salas fechadas, essas regras foram relaxadas no Oscar mais recente, no que foi amplamente visto como um impulso para filmes de plataformas de streaming como a Netflix e o Prime Video, da Amazon.
“Este ano, que ainda sofre o impacto da pandemia, os requisitos de elegibilidade para a 94ª edição dos Prêmios da Academia serão consistentes com as adições feitas para a 93ª temporada de prêmios”, disse a Academia em um comunicado.
No entanto, com a reabertura de grande parte das salas de cinema nos Estados Unidos e a aceleração da produção cinematográfica, não se repetirá a decisão do ano passado de estender o prazo de lançamento dos filmes para que sejam indicados para o Oscar.
Assim, os títulos que quiserem se candidatar aos prêmios do próximo ano devem estrear antes de 31 de dezembro.
O adiamento anunciado pela Academia pode levar outros grandes eventos de premiação de Hollywood a seguirem o exemplo, em um efeito cascata.
A NBC, porém, já anunciou que o tradicional Globo de Ouro, que abre a temporada, não vai ao ar em 2022 devido a uma disputa em andamento a respeito do histórico dos organizadores em termos de diversidade e transparência.
Apesar de cravar a pior audiência da história – a cerimônia de abril foi vista por 9,85 milhões de pessoas nos Estados Unidos ante 23,6 milhões em 2020, a mais baixa desde que a premiação começou a ser exibida pela televisão, em 1950 -, a festa do Oscar deste ano refletiu o ineditismo que marcou o mundo diante da pandemia e se tornou histórica por celebrar a cineasta chinesa Chloé Zhao, a primeira mulher a receber quatro indicações em um mesmo ano e a vencer como diretora e, principalmente, o prêmio de melhor filme, por Nomadland. E a coreana Yuh-Jung Youn levou o prêmio de coadjuvante, por Minari – Em Busca da Felicidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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