É impossível vivermos sem pensar. Cada gesto que realizamos é precedido de um pensamento.
Em um conceito ampliado, podemos dizer que somos aquilo que pensamos.
No relacionamento social, por vezes, nos servimos de máscaras, de disfarces, conforme nos seja mais conveniente que as pessoas nos vejam ou nos considerem.
Como se estivéssemos em uma apresentação teatral, mostramos como queremos ser vistos, ocultando quem somos em essência, nossos desejos, opiniões sobre os fatos, coisas e pessoas.
É comum, portanto, que pensemos de uma maneira, mas expressemos nossas ideias de modo completamente diferente.
Contudo, nossos pensamentos, que provêm da nossa essência, traduzem exatamente quem somos. E não há como esconder a sua natureza.
Podemos ocultar nossos pensamentos em nossa convivência terrena. Mas os Espíritos os leem, sem dificuldade.
Por isso, diz o adágio popular: a Deus nada fica oculto. Ou seja, em se tratando da dimensão espiritual, não há como escondermos o que pensamos.
Convivemos, no mundo, com os algoritmos das redes sociais, que conseguem identificar nossos interesses através dos conteúdos que acessamos.
A partir disso, as redes passam a nos enviar estímulos para satisfazer nossos desejos.
Dessa forma, as sugestões que recebemos são o reflexo do que buscamos pelos aplicativos.
De maneira semelhante, atraímos a companhia dos Espíritos que vibram em sintonia com nossas reflexões mentais.
Se nossos pensamentos são elevados e positivos, atraímos boas influências. Se são negativos, atraímos influências igualmente negativas.
Essa frequência mental é o canal de comunhão com Espíritos de teor semelhante ao nosso, por meio do processo de sintonia.
Adaptando o ditado popular, poderíamos dizer: Diga-me o que pensas e te direi com quem andas.
O apóstolo Paulo de Tarso foi muito feliz, quando escreveu em sua epístola aos hebreus: Pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo que nos atrapalha, tendo os olhos fitos em Jesus.
Essa nuvem de testemunhas representa o condomínio espiritual no qual vivemos, unidos pela afinidade de pensamentos e pelo nosso teor vibratório.
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Não vivemos isolados, mas em associação ou ressonância com as correntes mentais dos Espíritos que se assemelham a nós.
Assimilamos os pensamentos deles assim como eles assimilam os nossos, atraindo ou repelindo recursos mentais que nos fortificam para o bem ou nos inclinam ao mal, conforme permitimos.
Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete essas imagens, absorvendo-as como uma espécie de alimento, que, com o tempo, incorpora-se aos tecidos sutis da nossa alma.
O pensamento, força criadora, molda no mundo espiritual as formas que imaginamos. Por isso, é essencial cultivarmos bons pensamentos, sermos otimistas e alegres.
Dessa maneira, a força das nossas ideias terá a dimensão de quantos sejam os encarnados e desencarnados que comungam conosco no mesmo ideal.
Pensar no bem, agir no bem e viver o bem resolverá, com segurança, o nosso problema de companhias espirituais.
Redação do Momento Espírita
com base no cap. 8, do livro Pensamento e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e na Epístola aos Hebreus, cap. 12, vers. 1.
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