Um crime violento chocou a comunidade de Pato Branco na madrugada do último domingo (12). Guilherme Ambrosini, de 32 anos de idade, foi morto com um tiro na cabeça ao defender a namorada de uma tentativa de estupro.
O crime aconteceu em um loteamento no bairro Fraron. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (13), a Polícia Civil disse já ter um suspeito de ter cometido o crime. Até o fechamento desta edição, não foram anunciadas prisões.
Casos como o do fim de semana trazem a tona o debate sobre segurança pública. O Diário visitou alguns bairros de Pato Branco, conversou com moradores e lideranças comunitárias para coletar opiniões a respeito do assunto.
A percepção sobre segurança pública foi distinta em diferentes regiões da cidade. Jhon Lenon Dall Olmo, responsável pelo ginásio do bairro La Salle, classifica a rotina do bairro como tranquila, pois relatos de casos de violência, arrombamentos ou outros crimes são pouco frequentes.
“Os moradores são bem unidos. Quando percebe alguma movimentação diferente já chama a polícia. Moro no bairro há alguns anos e nunca tivemos problemas na parte de roubo ou até vandalismo”, diz o morador.
O presidente interino do bairro Fraron, Márcio Saldanha Ferreira, diz que casos de arrombamentos, furtos e outras situações acontecem de forma sazonal. “Tem épocas que é meio seguido, e tem épocas que fica um tempão sem nada acontecer”, detalha.
Segundo ele, um fator que contribuiu para a redução da sensação de insegurança no local foi o projeto Vizinho Solidário, rede de moradores articulada principalmente pelas redes sociais.
Através de grupos de troca de mensagens instantâneas, os moradores alertam uns aos outros sobre movimentações suspeitas, agilizando o acionamento da polícia, por exemplo. Ele conta que em uma ocasião a rede de moradores contribuiu para que a polícia realizasse a prisão de suspeitos de cometer crimes na região.
A presença de uma empresa de segurança privada no bairro também contribuiu para a redução da criminalidade, na avaliação de Ferreira. Segundo o presidente interino, ainda há relatos de ocorrências esporádicas de furtos em obras onde, segundo ele, o monitoramento é menos efetivo.
No bairro Pinheirinho, moradores relatam maior preocupação com possíveis pontos de consumo de drogas e possível ocorrência de casos de tráfico. A moradora Maria Vilmair Pereira Almeida diz ser frequente a presença de possíveis usuários de entorpecentes na academia da terceira idade do bairro.
Ela avalia que também há carros abandonados em ruas do bairro, que ela acredita que podem ser atrativos para eventuais criminosos. Sobre relatos de crimes, a moradora conta sobre um veículo furtado do pátio do caso de uma vizinha, e alguns casos de equipamentos furtados de obras.
Ainda no bairro Pinheirinho, a proprietária de um bar, que não quis se identificar, contou que houve tentativas de furto em seu estabelecimento. Foram quatro no intervalo de sete a oito anos, frustrados por conta do alarme antifurto do estabelecimento. Ela também relatou a presença de possíveis usuários de drogas na academia da terceira idade do bairro.