De autoria do vereador Marcos Marini (Podemos) foi aprovada em primeira votação, em sessão ordinária realizada nessa segunda-feira (5), a entrega do Título de Cidadão Honorário para Luiz Francisco Silva, o Pernambuco, devido à sua forte e decisiva atuação nas áreas sociais e do esporte municipal. O Título é a mais alta honraria que o Poder Legislativo concede aos cidadãos que não nasceram em Pato Branco, mas que se destacaram no município.
Quando a Câmara Municipal outorga um título de cidadania honorária, ela está equiparando o homenageado a uma pessoa nascida no município e distinguindo-a com especial destaque no cenário sócio-cultural-administrativo e até religioso da comunidade. O Título de Cidadão equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial. A pessoa agraciada passa a ser um irmão, um conterrâneo, uma pessoa da terra natal.
Histórico do homenageado
De acordo com o projeto, apresentado pelo vereador Marini, Luiz Francisco Silva, popularmente conhecido como Pernambuco, nasceu na cidade de Correntes (PE), em 13 de fevereiro de 1946, e, em 1962, com apenas 16 anos, mudou-se para Pato Branco, na companhia do seu irmão Antônio, Policial Militar que vinha prestar serviço na região. Naquela época, na cidade, ainda predominava ruas de terras, a agricultura ainda não era tão desenvolvida e a eletricidade era fornecida à apenas alguns estabelecimentos, por meio de um gerador a diesel, que ficava localizado na parte central da cidade.
Em seus primeiros empregos, na antiga Concessionária da Ford e com Hermenegildo Amadori (in memorium) e dr. Osvaldo Teles, para trabalhar como vendedor na casa de tintas, Pernambuco já se destacou pela habilidade em lidar com tintas e formas e de desenhar figuras e letreiros, atividade que realiza até o presente momento em sua empresa particular.
Concomitante às atividades na casa de tintas, Pernambuco recebeu um convite da Sociedade Esportiva Palmeiras para atuar como zagueiro, onde ficou conhecido pela disciplina, lealdade e técnica. Dono de um carisma ímpar, Pernambuco chegou a jogar com jogadores famosos, entre eles, Mané Garrincha, em evento festivo na cidade. Com o Palmeiras, disputou vários campeonatos regionais e estaduais. Além do Palmeiras, Pernambuco chegou a disputar a Taça Paraná, pelo Internacional Esporte Clube que, diga-se de passagem, era o arquirrival do Palmeiras em Pato Branco.
Bandeira de Pato Branco
Durante os 16 anos que atuou como jogador, Pernambuco também investiu na carreira de serigrafista e designer, sendo autor de vários logotipos, de produtos e de empresas da cidade, que hoje são vistas em todo Brasil e em alguns países da América Latina. O mais importante dos símbolos pato-branquenses, amado e reverenciado, foi criado pelo Pernambuco, a bandeira de Pato Branco, que foi criada pelo jovem artista, em um concurso vencido em 1965, e foi doada ao município, através do termo, firmado em 12 de novembro de 1985. A descrição da Bandeira consta na Lei nº 665,de 3 de maio de 1986, que dispões sobre a forma e a apresentação dos símbolos municipais.
Após a sua despedida do futebol, Pernambuco foi convidado pelo então presidente do Grêmio Esportivo Patobranquense, Dorival Lavarda (in memorium) para coordenar o Departamento de Esportes do Clube. Uma das suas principais iniciativas, foi a criação da escolinha de futebol que, além da importância social da atividade e do seu poder de socialização de jovens, contribuiu também com o futebol brasileiro e mundial, com a formação de atletas como Rogério Ceni (ex-goleiro da seleção brasileira), Lavardinha (ex-jogador da seleção brasileira de futsal), Jamur (jogou na Itália) entre outros. Entre 2002 e 2004, foi presidente do Esporte Clube Pato Branco, time de futebol de campo do município, onde também foi diretor esportivo e vice-presidente.
Grande Expediente
No Grande Expediente da sessão dessa segunda-feira (5), o vereador Marcos Marini (Podemos) explanou sobre as ideias para conectar inovar e transformar, fazendo um paralelo com seu trabalho durante os seis meses em que esteve como vereador, neste primeiro ano de mandato.