Pesquisa revela aumento de 25% nos preços de materiais escolares

Uma pesquisa conduzida pelo Procon de Pato Branco revelou a efetiva variação de preços nas papelarias da cidade nos últimos doze meses. O levantamento de preços ocorreu de 08 a 12 de janeiro, com o objetivo de não apenas destacar a relevância da pesquisa de preços, mas também de verificar a oscilação dos valores de materiais escolares entre os anos de 2023 e 2024.

Com base nas informações coletadas, constatou-se um aumento de 25% em comparação ao ano anterior nos preços de materiais escolares.

Outro ponto relevante refere-se à verificação e análise prévia dos custos. O resultado demonstra que a comparação de preços é sempre a abordagem mais segura a ser adotada. Segundo os dados do Procon, ao consultar os valores mais altos e mais baixos, é possível obter uma economia de até 65,14%.

A análise demonstra também que mesmo que o consumidor prefira realizar toda a compra na mesma papelaria, concluindo que no geral apresenta o custo mais baixo, a economia poderá ser de aproximadamente 6,54%

Para a empresária Jaqueline Zandonay, proprietária da Criare Papelaria, existe uma variação real este ano, atribuida não apenas à carga tributária, mas sobretudo ao custo do papel. Com uma forte demanda do mercado internacional, os preços de custo dos materiais produzidos com a matéria-prima se elevaram este ano para o empresário brasileiro. “Além da concentração da produção no país, o direcionamento do nosso papel para outros países, tornou o custo de produção elevado e, consequentemente, o custo de venda. Nossa alternativa foi reduzir a margem de lucro este ano para nos mantermos competitivos”, explica Jaqueline.

Reaproveitamento

Antes de efetuar a compra, é aconselhável que as famílias considerem a possibilidade de reutilizar algum item dos materiais do ano anterior. Além disso, a estratégia de realizar compras juntamente com outros pais pode ser benéfica, pois ao adquirir em quantidade, é possível obter descontos mais substanciais por parte dos estabelecimentos.

O Procon também enfatiza que os consumidores se atentem e estejam cientes em relação aos materiais solicitados pelas escolas para uso coletivo.

Conforme a Lei Federal 12.886 de 26/11/2013, que proíbe a obrigação de pagamento adicional ou fornecimento às instituições de qualquer material escolar de uso coletivo dos estudantes. Esses valores devem ser considerados já nos cálculos das mensalidades.

No entanto, não existe uma lista definitiva indicando quais materiais são considerados de uso coletivo. Portanto, compete aos órgãos de Defesa do Consumidor normatizar por meio de uma lista exemplificativa. Desde janeiro de 2022, o Procon de Pato Branco disponibiliza um documento que exemplifica esses materiais, conforme detalhado na Nota Técnica 001/2022, que pode ser acessada clicando aqui.

Em caso de dúvidas, os pais devem entrar em contato com a escola. A administração deve informar de que forma serão utilizados cada produto no desenvolvimento pedagógico do aluno. Sendo considerado material de uso coletivo, não há a obrigatoriedade da compra.

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