Um efetivo de 200 agentes cumpre, ao todo, 16 mandados de prisão preventiva, 23 de prisão temporária e 57 de busca e apreensão. Entre os investigados com prisão decretada estão oito servidores do INSS, 17 advogados e 14 intermediários dos Estados do Piauí e Maranhão, diz a PF.
As diligências são executadas nas cidades de Teresina, Luzilândia, Demerval Lobão e Santo Antônio dos Milagres (PI); Timon, Caxias, Presidente Dutra, Parnarama, Codó, Anapurus e São João do Sóter (MA). As ordens foram expedidas pelo juízo da 1ª Vara Federal de Teresina, que ainda determinou o bloqueio das contas dos presos e a suspensão do exercício da função pública para os servidores do INSS.
A Justiça Federal também determinou a imediata suspensão de 160 benefícios concedidos a ‘pessoas fictícias’ e a imediata revisão de 1.975 benefícios com indícios de fraude. Tal medida vai evitar um prejuízo futuro estimado em R$ 623 milhões, diz a PF.
De acordo com a corporação, a investigação que culminou na operação Bússola teve início em 2020 e foi desenvolvida no âmbito da Força Tarefa Previdenciária e Trabalhista no Piauí, integrada pela PF e pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Previdência (CGINT/MTP).
Os investigadores dizem que já identificaram 1.975 benefícios de aposentadoria por idade rural com indícios de fraude, os quais teriam causado um prejuízo ao INSS de cerca de R$ 55,8 milhões, em valores já sacados.
O nome da operação, Bússola, faz referência ‘ao direcionamento indevido dos requerimentos de benefícios protocolados pelos advogados/intermediários aos servidores concessores do grupo criminoso’, afirma a PF.
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