Os agentes cumpriram uma ordem de busca e apreensão e realizaram ações de fiscalização em diversos pontos nos garimpos do Novo Astro e do Juruena. Durante as diligências, a PF prendeu dois garimpeiros em flagrante, além de um suposto operador do fazendeiro que está entre os principais alvos da investigação.
Os policiais federais ainda apreenderam duas escavadeiras hidráulicas e aplicaram multas no valor total de R$ 12,7 milhões. Uma das máquinas confiscadas foi destinada a prefeitura da região para realização de obras públicas.
As investigações que culminaram na ‘Kidemónes Gaya’ indicam que um fazendeiro da região é suspeito de estimular o garimpo ilegal em suas terras, e com a cobrança de arrendamento, financiar a abertura de novas pastagens em meio a áreas de floresta por meio de desmatamentos ilegais.
Levantamentos preliminares por imagens de satélite do ‘Projeto Brasil M.A.I.S.’ indicam que o esquema sob suspeita alavancou a derrubada de mais de 4.000 hectares de florestas nativas nos últimos quatro anos, podendo chegar a mais de 6.000 hectares, conforme resultados dos exames periciais que ainda serão concluídos nesta investigação.
“As ações de fiscalização realizadas simultaneamente lograram êxito em cessar danos provocados pelo garimpo ilegal em diversos cursos de água tanto nos garimpos do Novo Astro e Juruena como no interior do ‘Parna’. Constatou-se danos incalculáveis provocados pela descarga sem qualquer tratamento de toneladas de rejeitos da mineração, diretamente nos cursos de água, desfigurando seus leitos”, registrou a PF em nota.
De acordo com a corporação, o nome da ofensiva, Kidemónes Gaya, significa, em grego antigo, ‘Guardiões da Mãe Terra’.
Comentários estão fechados.