Kravchenko foi alvo da Operação Leshy, aberta no mês passado. O juízo da 1ª Vara Federal de Guarulhos, no entanto, só autorizou a divulgação dos detalhes da ofensiva nesta quarta, 14. Segundo a PF, o nome da operação, faz alusão a um deus da mitologia eslava, protetor das florestas e dos animais selvagens.
“No folclore eslavo, acredita-se que Leshy seja trapaceiro e confunda os viajantes que adentram as florestas para caçar os animais. No Brasil, ele pode ser considerado semelhante ao Curupira e ao Caipora”, explicou a corporação.
O biólogo já foi preso ao menos outras três vezes: com animais silvestres nativos do Brasil, em 2017, no aeroporto de Amsterdã, na Holanda; e duas vezes neste ano, no aeroporto de Guarulhos, em janeiro, e no Rio de Janeiro, em junho; sempre com grandes quantidades de lagartos, aranhas, sapos, cobras e insetos.
De acordo com os investigadores, a rede internacional de tráfico de animais silvestres da qual Kravchenko faz parte tem ocorrências registradas na Alemanha, República Tcheca, Polônia, Itália, Espanha, Finlândia, Bielo-Rússia, Madagascar, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália, Japão, México, Argentina, Equador, Brasil, Rússia, além de países do sudeste asiático.
Os investigadores suspeitam que a ‘atividade criminosa’ do biólogo foi mantida através do envio de animais por via postal, o que será apurado. De acordo com a PF, entre os animais traficados pelo biólogo estavam até espécies ameaçadas de extinção.
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